Topo

Grêmio

Como Borja pode se encaixar no modelo de jogo do Grêmio

Borja participa de treinamento do Grêmio e se prepara para estreia - Lucas Uebel/Grêmio
Borja participa de treinamento do Grêmio e se prepara para estreia Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

07/08/2021 04h00

Miguel Borja está autorizado a estrear pelo Grêmio. Com vínculo publicado no Boletim Informativo Diário (BID), o colombiano poderá estrear segunda-feira (9), contra Chapecoense. E sua entrada no modelo de jogo idealizado por Felipão tende a ser facilitada por suas características.

Luiz Felipe Scolari tem duas ideias básicas de jogo e as alterna de acordo com momentos da partida e adversários. Em ambas, Borja poderá dar mais do que Ricardinho e, quem sabe, até mais que Diego Souza eventualmente.

A principal alternativa tática do treinador tem sido a montagem do Grêmio no 4-1-4-1, com dois atacantes de velocidade abertos e um homem de área. Sem contar com Diego Souza, lesionado, a carência por um atleta que possa se impor fisicamente apareceu.

Borja dá o poder de área que Ricardinho não tem. O jovem é um atacante mais móvel que usa bem o espaço, mas não tem por característica a preferência pelo pivô, por usar o corpo para manter a posse de bola, coisas que o colombiano poderá fazer.

Com linhas mais recuadas para "fechar a casinha", como costuma dizer, Felipão precisa de um jogador que sustente investidas rivais e conserve a posse até que a linha de meio possa se aproximar. Além disso, requer uma peça de boa capacidade na bola aérea para dividir em condições de vencer bolas longas vindas da defesa.

Quando opta por três zagueiros e dois atacantes, Felipão precisa que o principal dos homens de frente possa também jogar em parceria com o colega de ataque, no 3-5-2. Por isso, Borja não poderia ser apenas um "centroavante tradicional", mas precisaria ter algum potencial de jogo apoiado, o que tem.

Na última Copa América, por exemplo, esteve sempre lateralizado com outro atacante pela seleção colombiana. A maioria das vezes o parceiro era Duvan Zapata, mas também foi Rafael Santos Borré.

Com um par de frente, se optar por estabilizar este modelo como principal, Felipão poderá até considerar uma dupla formada por Diego Souza e Borja, como o colombiano fazia com Zapata na seleção. Mais rápido que Diego, jogando com dois atacantes Borja pode até render mais que o artilheiro.

Tudo dependerá, porém, dos treinamentos e jogos. O primeiro jogo já será importante. Brigando para deixar a zona de rebaixamento, o Grêmio terá confronto direto com a Chapecoense, que atualmente está em último na classificação.

Grêmio