Como 'parceria' entre Andrés e Mancini emplacou Matheus Davó no Corinthians
Samir Carvalho
Do UOL, em São Paulo (SP)
18/11/2020 04h00
O atacante Matheus Davó, titular do ataque do Corinthians e com gols anotados recentemente contra os primeiros colocados do Brasileirão — Atlético-MG e Internacional —, emplacou a boa fase por conta da postura de dois líderes do clube paulista: o presidente Andrés Sanchez, hoje licenciado, e o técnico Vagner Mancini.
Andrés rejeitou emprestar Davó, mesmo com o jogador escanteado no Alvinegro. O Corinthians chegou a receber propostas, uma delas do Guarani — clube que revelou o atacante —, mas o dirigente recusou todas, pois entende que o jogador foi contratado como aposta para "dar frutos" no futuro.
A participação de Mancini é mais direta. O treinador chegou ao Corinthians já de olho em Matheus Davó, que ficou encostado com Tiago Nunes e Dyego Coelho, seus antecessores.
O atacante chamou a atenção de Mancini em jogo-treino entre os reservas de Corinthians e Atlético-GO, no CT Joaquim Grava, quando o treinador comandava o time goiano e veio a São Paulo para jogar contra o Timão pelo primeiro turno do Brasileiro.
Após o empate sem gols na Neo Química Arena, Corinthians e Atlético-GO organizaram um jogo-treino para o dia seguinte. Na ocasião, Davó fez um golaço no empate por 2 a 2. Curiosamente, Gustavo Mantuan, outro atleta que ganhou espaço como titular no Alvinegro após a chegada de Mancini, anotou o outro gol corintiano — o meia sofreu lesão ligamentar no joelho e só volta em 2021.
Quando chegou ao Corinthians, Mancini não demorou para dar oportunidades para a dupla. No caso de Davó, o treinador ainda evitou que ele "descesse" para o time sub-23 em sua chegada. Poucos dias depois, o jogador surpreendeu ao aparecer no time titular no duelo contra o Internacional e fez o gol da vitória por 1 a 0, em São Paulo.
Contra o Grêmio, neste domingo (22), às 20h30 (de Brasília), pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, Davó realizará o seu quinto jogo consecutivo como titular. Antes da era Mancini, o atacante só havia participado de dois jogos com Tiago Nunes. No período em que o interino Dyego Coelho ficou no comando do time, o atacante não foi utilizado.