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Flu se opõe aos rivais e cogita não entrar em campo se volta for apressada

Jogadores do Fluminense fazem protesto em jogo contra o Vasco, último antes da paralisação por conta do coronavírus Imagem: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

16/04/2020 04h00

Com o calendário do futebol mundial paralisado por conta da Covid-19, o jogo que é disputado no momento é travado nos bastidores das entidades. No Rio de Janeiro, o Fluminense tem sido uma voz dissonante no que diz respeito ao retorno das atividades e foi o único dos grandes cariocas a votar pela extensão das férias dos atletas. Botafogo, Flamengo e Vasco foram contrários em um primeiro momento.

Todos são unânimes de que o retorno das atividades deve ter o aval das autoridades sanitárias, mas o Tricolor entende que há uma questão jurídica pendente. Pela lei vigente, os jogadores podem se recusar a entrar em campo sem que ao menos haja o sinal verde do sindicato que representa os atletas. Do contrário, a diretoria não irá se mover em possível negativa do elenco. Caso o clube seja punido com um W.O, o Tricolor tem certeza que estará amparado pela legislação para reverter o quadro.

Os tricolores não abrem mão de estarem totalmente respaldados pelas autoridades competentes para o caso de um funcionário contrair a Covid-19. Caso não haja esta segurança, a cúpula entende que não há ambiente para treinos e jogos. Firme nesta postura, o Fluminense trabalha para estar pronto para quando houver a liberação irrestrita e foi o primeiro grande do Rio a encaminhar acordo pela redução salarial.

Há um certo desgaste com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que convocou médicos de Fla, Vasco, Botafogo e Boavista para a elaboração de um protocolo final de saúde, ainda que os profissionais do clube tenham contribuído com sugestões e assinado a versão final. No grupo criado na CBF, Marcos Aziz, médico tricolor, está presente, diferentemente no que ocorre na entidade que dirige o futebol fluminense.

A diretoria do Flu não vê lógica na pressa para o retorno das atividades, já que não há previsão de datas para as competições ainda. Há o entendimento de que uma volta antes da hora ainda criará um problema na preparação do grupo, que poderia se reapresentar sem ter sequer uma ideia de quando os jogos voltarão. Isso ajuda a explicar o apoio pela extensão das férias.

O presidente Mario Bittencourt tem conversado com os presidentes dos grandes cariocas, mas não há unidade no discurso. Rodolfo Landim (Flamengo) e Alexandre Campello (Vasco) são interlocutores frequentes, mas o tom ainda afasta os históricos adversários das quatro linhas.

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