Pressão política e protestos fazem 'intocável' Barroca balançar no Botafogo
Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)
05/10/2019 04h00
Resumo da notícia
- Botafogo conviveu com protestos nos últimos dias
- Presidente Nelson Mufarrej é um dos princiais alvos
- Time atravessa momento ruim no Campeonato Brasileiro
- Apesar de ter a confiança do departamento de futebol, saída do treinador pode aliviar pressão
Antes tido como homem de confiança do departamento de futebol do Botafogo, o técnico Eduardo Barroca, agora, balança no cargo. E a mudança no cenário tem como fatores pressão política e os protestos da torcida que aconteceram nos últimos dias. Ontem (4), inclusive, houve uma invasão à sede do clube.
Um dos principais alvos de insatisfação por parte dos alvinegros tem sido o presidente Nelson Mufarrej, constantemente lembrado nos protestos realizados. O mandatário vem sendo cobrado, principalmente, por conta da crise financeira pela qual o clube passa e que vem afetando diversos setores, dentre eles, o futebol.
Ao mesmo tempo, o time não vence há quatro partidas e vê a situação no Campeonato Brasileiro, que parecia tranquila, mudar de panorama - atualmente, a distância para a zona de rebaixamento é de oito pontos.
Diante dos últimos resultados, parte da torcida já se mostra entusiasta de uma mudança de técnico, pedindo a demissão de Eduardo Barroca, que está prestes a completar seis meses à frente do time.
Apesar de o departamento de futebol avaliar positivamente Barroca, uma derrota no clássico com o Fluminense, amanhã (6), no Nilton Santos, pode, inclusive, decretar o adeus do treinador. A saída serviria, também, para aliviar um pouco toda a tensão que vem acontecendo.
Durante a semana, integrantes de uma organizada invadiram o Nilton Santos durante um treino do elenco e foram conversar com os jogadores. Barroca tomou à frente e foi conversar com os alvinegros. Tais movimentações dos últimos dias desagradaram alguns dirigentes, que passaram a avaliar a permanência no clube.
Há cerca de um mês, um outro protesto em General Severiano pediu a saída de Mufarrej e de Luis Fernando Santos, vice-presidente executivo do Alvinegro.