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14/10/2011 - 18h38

Investigação policial precisa virar arma do governo contra Ricardo Teixeira, diz Romário

Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo
  • Romário critica governo por ceder à Fifa

    Romário critica governo por ceder à Fifa

Romário pediu nesta sexta-feira que o governo brasileiro pressione o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, no momento em que o dirigente começa a ser investigado pelo Ministério Público Federal, por lavagem de dinheiro, usando empresa de fachada como a Sanud, com sede no Exterior.

Em entrevista internacional à agência Reuters de notícias, Romário demonstrou certo otimismo com a investigação policial sobre a origem da riqueza do dirigente da CBF.

“Ele não é dono da CBF, não é dono da Copa do Mundo e o governo brasileiro precisa pressioná-lo neste momento em que está sob investigação  por lavagem de dinheiro”, disse Romário.

Em outro trecho da entrevista distribuída ao mundo todo, Romário criticou a maneira como a Fifa vem forçando o Brasil a criar a Lei da Copa em detrimento de outras leis vigentes: “nossos aposentados têm direito assegurado à meia entrada, como nossos estudantes. Temos leis sobre isso e não precisamos mudar nada com a Lei Geral da Copa”, criticou Romário.

“A Fifa vem ao Brasil para ter um lucro de US$2,4 bilhões e ainda quer acabar com a meia entrada. O governo brasileiro está fraco diante de Ricardo Teixeira e cedendo às pressões da Fifa”, criticou Romário.

O ex-jogador revelou que tentou agendar uma reunião oficial com a presidente Dilma Rousseff “mas o encontro parece impossível de ser realizado”.

O repórter da Reuters tentou,  mas também não conseguiu ouvir Ricardo Teixeira sobre as críticas de Romário e sobre a investigação policial que deve começar nesta segunda-feira, na Delegacia de Crimes Financeiros, especializada da Polícia Federal fluminense.

A assessoria de imprensa de Teixeira disse que “ele não comentaria as declarações de Romário nem o pedido de investigação do Ministério Público Federal”.

Mas Romário não se contenta com este longo silêncio: “Ele precisa falar e dar as respostas que o povo brasileiro espera que ele dê. Isso será muito bom para a organização da Copa do Mundo no Brasil”, finalizou o ex-jogador e agora deputado federal.

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