Se Dom Arrascaeta jogasse no Bragantino o Flamengo não teria vencido
Em 1986, no Mundão do Arruda, no Recife, Brasil e a antiga Iugoslávia disputaram amistoso terminado 4 a 2 para a Seleção Brasileira, com três gols de Zico, um deles de placa, ao entrar driblando na área.
Naquela noite, chamado para os comentários finais, o imortal João Saldanha explicou o resultado: Se Zico jogasse no time deles, se seu nome fosse Zicovic, a Iugoslávia teria ganhado. Boa noite.
Ao término do primeiro tempo entre Flamengo e Bragantino o comentarista poderia dizer: Se Pedro jogasse no Bragantino, o Braga teria vencido.
Ou Cano, ou Paulinho, Suárez, Marcos Leonardo, Hulk etc.
Porque em excelente partida, disputada em alta velocidade, o franco-atirador Bragantino criou, no mínimo, quatro ótimas chances de gol, contra duas rubro-negras, mas finalizou mal como é habitual, tanto que defesa mesmo quem fez foi Cleiton, ao fim dos 45 minutos iniciais, em cabeceio de Cebolinha.
Não será por outro motivo que entre os cinco primeiros classificados só o Braga ainda não atingiu a marca de 50 gols — tem 46.
Tite voltou com Pulgar e Wesley nos lugares de Luiz Araújo e Matheuzinho.
O segundo tempo continuou no mesmo ritmo frenético, com Cebolinha em tempos de Tite voltando a jogar muito bem e um voleio de Léo Pereira que quase resultou no gol, aos 4, que era o detalhe faltante no espetáculo.
A Nação não parava e o Flamengo mantinha no começo da etapa final a mesma volúpia do final da primeira.
Hurtado e Mosquera nos lugares de Aderlan e Vitinho, aos 10, foram as primeiras mexidas de Pedro Caixinha, o técnico do Brasileirão 2023.
Na rara goleada do primeiro turno, 4 a 0, Mosquera fez dois dos gols.
Aos 12, Lucas Evangelista perdeu mais um gol, ao chutar torto quase na pequena área.
Sete minutos depois, Sasha, o artilheiro do Braga, cabeceou no travessão, e Hurtado mandou o rebote nas nuvens, em novo tento desperdiçado.
Ao Flamengo só interessava vencer e Bruno Henrique entrou, aos 23, e Thiago Maia saiu.
Aos 29, Dom Arrascaeta! Feito flecha área adentro em passe de Pulgar, de biquinho: 1 a 0!
Por mais que El Loco Bielsa não ache, Dom Arrascaeta decide, que o digam também o Palmeiras e o Fluminense.
Guilherme e Thiago Borbas nos lugares de Juninho Capixaba e Matheus Fernandes, aos 32.
O Bragantino arreou e o Flamengo chegava ao 3º lugar, dois pontos atrás do Palmeiras e um do decadente Botafogo.
América (f), Atlético Mineiro (c), Cuiabá (c) e São Paulo (f) são os derradeiros jogos do Flamengo.
Caixinha amontoou atacantes ao botar o terceiro centroavante, Alerrandro, no lugar de Helinho, mas Borbas foi expulso aos 42 e atrapalhou seus planos.
Tite que poria Pablo, terceiro zagueiro para enfrentar os três centroavantes, mudou de plano e pôs Varela no lugar de Pedro.
Fazer gol em time de Tite quando sai na frente é tarefa hercúlea.
Aos 46, o goleiro Cleiton foi para área rubro-negra em cobrança de escanteio, na busca da façanha. Em vão.
Grande jogo no Maraca para 57 mil torcedores.
As quatro últimas rodadas do Brasileirão serão palpitantes.
Reportagem
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