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Vilão do Liverpool nunca foi unanimidade e tem Oliver Kahn como ídolo

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Kiev (UCR)

28/05/2018 04h00

Se a gloriosa história de 125 anos do Liverpool consagrou diversos ídolos nos cinco títulos da Liga dos Campeões que fizeram dos Reds o maior vencedor inglês do torneio, Loris Karius ficará marcado pelos erros graves na derrota por 3 a 1 para o Real Madrid, na decisão do último sábado no Estádio Olímpico de Kiev (UCR).

Embora não houvesse protagonizado até então equívocos tão gritantes, Karius nunca foi unanimidade nos dois anos em que defende o clube de Anfield. Só virou titular absoluto há seis meses e, mesmo assim, o Liverpool continuou em busca de um nome de mais peso para a posição, como o de Alisson, da Roma e da seleção brasileira.

Até o meio da temporada, antes da virada do ano, Jürgen Klopp promovia um rodízio na meta. Karius era escolhido para atuar no torneio europeu, e o belga Simon Mignolet disputava as competições inglesas. Desde janeiro, o alemão de 24 anos não saiu mais do gol, até a noite trágica do último fim de semana.

No segundo tempo, Karius hesitou em repor a bola com as mãos e jogou no pé de Karim Benzema na sequência. Minutos depois, ele tentou encaixar chute de longa distância de Gareth Bale e viu a bola escorrer pelas mãos para o fundo da rede. Ao final da partida, ele se dirigiu aos prantos à torcida para se desculpar.

“Não consegui dormir direito até agora”, escreveu na tarde de domingo nas redes sociais. “Os lances seguem na minha cabeça. Peço desculpas eternas aos meus companheiros, à torcida e todos do clube. Eu sei que estraguei tudo”.

Contratado em maio de 2016 do modesto Mainz 05 por 4,7 milhões de libras, Loris Karius tem como grande ídolo da posição Oliver Kahn. Lenda da Alemanha e multicampeão com o Bayern de Munique (ALE), incluindo a Liga dos Campeões de 2000-2001, em que defendeu três pênaltis na disputa com o Valencia, Kahn carrega consigo o fardo de ter soltado a bola nos pés de Ronaldo na final da Copa do Mundo de 2002.