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Lúcio Flávio se diverte com apelido Pelé Branco e já espera reviver vaias no Bota

Lúcio Flávio, ex-Botafogo, riu do apelido recebido no México de "Pelé branco" - Bernardo Gentile/UOL Esporte
Lúcio Flávio, ex-Botafogo, riu do apelido recebido no México de "Pelé branco" Imagem: Bernardo Gentile/UOL Esporte

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/05/2012 12h00

Lúcio Flávio já foi ídolo da torcida do Botafogo, mas o fim da relação entre os dois não acabou nada amigável. Vaiado incessantemente pela maioria dos alvinegros, o meia transferiu-se para o Atlas-MEX, em 2011, e foi chamado de “Pelé branco” por um repórter local em sua apresentação. O novo apelido repercutiu no Brasil e o jogador se diverte com tudo isso. Atualmente no Vitória, ele tem reencontro marcado com o Glorioso, nesta quarta-feira, às 19h30, pela Copa do Brasil e já espera reviver as hostilidades vindas das arquibancadas do Engenhão.

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  • Após ser goleado pelo Fluminense na final do Campeonato Carioca, o Botafogo terá a chance de apaziguar sua situação com o torcedor nesta quarta-feira. Mas para isso, terá que passar pelo o Vitória, às 19h30, no Engenhão. Para o duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, o técnico Oswaldo de Oliveira irá ‘resgatar’ Loco Abreu e escalar o atacante que não atua no meio de semana há mais de 48 dias. O uruguaio passou por uma preparação especial para melhorar seu condicionamento físico e desfalcou o Alvinegro em três oportunidades neste tipo de ocasião.

O meia de 33 anos deixou o Botafogo depois de ser perseguido pela torcida e chegou ao México com status completamente diferente. “Foi um dos repórteres que criou isso. Não sei de onde ele tirou essa informação (risos). Falei para ele na oportunidade que não era nem o Pelé branco, nem o amarelo, nem o azul, porque Pelé só existe um. Ninguém vai chegar ao que o Pelé já fez. Acabou até com um tom de brincadeira e eu, claro, levei na esportiva (risos). Foi legal porque me ajudou com a torcida de lá, em Guadalajara, onde eles têm muito carinho pelos brasileiros, pelo o que a nossa seleção fez por lá [tricampeão mundial em 1970]”, disse.

Embora as vaias tenham marcado sua passagem pelo Botafogo, Lúcio Flávio minimiza os episódios do passado, mas sabe que deve encontrar um ambiente desfavorável no Engenhão esta noite. “A verdade é que a maioria das torcidas estão cobrando muito, não é algo exclusivo dos botafoguenses. Querem resultados de seus times e, consequentemente, quando isso não ocorre, tem uma cobrança grande. Passei um bom tempo no Botafogo e sei bem como é o comportamento do torcedor. Sei que eles pegarão no meu pé, mas agora é diferente”, afirmou.

O ex-camisa 10 alvinegro disse que a goleada sofrida pelo Botafogo, no último domingo para o Fluminense na final do Campeonato Carioca, deverá tornar o confronto desta quarta tensa para os donos da casa. O jogador pede para que seu time saiba aproveitar as vaias dos torcedores para encaixar uma estratégia e voltar para Salvador com a classificação.

“Temos que aproveitar uma situação dessa, de jogar fora de casa, e tirar proveito. Não existe atleta que suporte jogar com essa pressão o tempo todo. Aquele torcedor que era para estar ao seu lado, te apoiando, se manifestar contra você. Sabemos que existe esse outro lado e temos que aproveitar”, ponderou Lúcio Flávio.

Apesar de ter saído do Botafogo sob as vaias dos torcedores, o meia demonstra gratidão ao clube no qual, segundo ele, viveu a melhor fase de sua carreira. “Acho que até pelo tempo que fiquei no Botafogo, sem dúvida, foi um dos clubes que mais me marcou. A realidade é que ficamos frente a frente nesta fase da Copa do Brasil e um dos dois segue na competição. Outro time que tenho muito carinho é o Paraná Clube, onde comecei toda minha trajetória, desde criança no clube. Mais recentemente o Botafogo, que vivi o maior tempo jogando, atuando e, sem dúvida, é o que mais marcou”, finalizou.