Vasco é melhor, bate o Vitória, mas acaba eliminado da Copa do Brasil

A torcida reconheceu e aplaudiu o time depois do apito final. Em um jogo emocionante, o Vasco bem que tentou, mas o Vitória soube aproveitar a vantagem que fez em seu território para avançar à semifinal da Copa do Brasil. Embora tenha apresentado uma das suas melhores atuações na temporada, o Cruzmaltino não fez o suficiente ao bater a equipe baiana por 3 a 1, nesta quarta-feira, em São Januário.

Como perdeu no jogo de ida por 2 a 0, o triunfo em São Januário, com gols Magno, Ramon e Carlos Alberto não foi o suficiente para o Vasco eliminar o Vitória, que teve no goleiro Viáfara, de pênalti, o gol solitário da equipe baiana. A equipe baiana agora pega nas semifinais o Atlético-GO, que venceu o Palmeiras, nos pênaltis, no Serra Dourada. 

A tarefa de marcar ao menos dois gols e não sofrer nenhum era indigesta, mas o Vasco dominou completamente os primeiros minutos de jogo. A equipe da casa era dona da posse de bola e o Vitória apresentava uma estranha apatia.

Um dia antes do confronto, Carlos Alberto tinha dito que um gol no começo seria fundamental para a equipe cruzmaltina. Os jogadores entenderam o recado e, em um lance de sorte, abriu o marcador , aos 11, após desvio do zagueiro baiano em cruzamento de Magno.

O gol incendiou a torcida vascaína, que comparecia em bom número e transformava São Januário em um autêntico ‘caldeirão’. Atônitos, os jogadores do Vitória não conseguiam ter a posse de bola por mais de um minuto.

Aos 18, um duro castigo para o Vasco. Júnior ‘matou’ a zaga com um passe de cabeça e Neto Berola ganhou na corrida de Nilton, que chegou atrasado e empurrou o adversário. Além do pênalti, o jogador cruzmaltino foi expulso. Na cobrança, aos 20, o goleiro Viáfara deslocou Fernando Prass.

O domínio total da equipe da casa se transformou em desespero com a necessidade de marcar três gols e não sofrer nenhum. Antes do final do primeiro tempo, Philippe Coutinho perdeu grande chance, aos 45. Na volta para o segundo tempo, um a luz de esperança para a equipe da Colina. 

Mesmo inferiorizado, o Vasco não dava sinais de que estava com um atleta a menos e seguia dominando amplamente. Logo aos dois minutos, Ramon, um dos principais jogadores no confronto, invadiu a área e acertou sem chance para Viáfara.

O autor do passe para o segundo gol dava o tom no começo da etapa final. O jovem meia cruzmaltino perdeu uma grande chance aos sete minutos de ampliar. Aos 12, em uma falha grosseira de Thiago Martinelli, Schwenck perdeu chance incrível de frente para Fernando Prass. Dois minutos mais tarde, Rafael Cruz fez falta dura em Souza e foi expulso.

Percebendo o melhor momento do Vasco e a igualdade em número de jogadores, Gaúcho sacou Magno e colocou o atacante Dodô, que deixou Elton de frente para o gol, mas Viáfara fez boa defesa.

Aos 29, o árbitro Evandro Rogério Roman teve um erro grosseiro. O árbitro marcou penalidade de Viáfara em Elton, mas o árbitro não expulsou o goleiro da equipe baiana já que o atacante do Vasco estaria de frente para o gol vazio. Dois minutos depois, Carlos Alberto foi para a cobrança e fez o terceiro.

O gol inflamou a torcida do Vasco que não parava de gritar e empurrava a equipe de São Januário. Era um autêntico jogo de ataque contra a defesa. Contudo, a real chance de perigo só aos 39. Elton cabeceou e Viáfara fez a defesa que assegurava um apático Vitória às semifinais da competição. Antes, porém, Schwenck seria expulso.

Ao Vasco restou pelo menos a boa impressão deixada para a sua torcida, na última partida do time nesta edição da Copa do Brasil.

VASCO 3 X 1 VITÓRIA

Vasco
Fernando Prass; Elder Granja (Paulinho), Thiago Martinelli, Dedé e Ramon; Nilton, Souza, Magno(Dodô) e Philippe Coutinho; Carlos Alberto (Robinho) e Elton.
Técnico: Gaúcho

Vitória
Viafara; Marcos Pimentel, Wallace, Reniê e Egídio (Rafael Cruz); Vanderson, Bida, Uelliton e Neto Coruja; Neto Berola (Schwenck) e Júnior (Vilson).
Técnico: Ricardo Silva

Data:05/05/2010 (quarta-feira)
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR)
Auxiliares: José Carlos Dias Passos (PR) e Bruno Boschilia (PR)
Renda: R$ 245.615,00
Público: 14.221 (presentes)/ 12.3777 (pagantes)
Cartões amarelos: Egídio, Vanderson, Bida, Schwenck e Viáfara (Vitória)
Cartões vermelhos: Nilton, aos 18 minutos do primeiro tempo; André Cruz, aos 13 minutos, Schwenck, aos 42 minutos do segundo tempo
Gols: Magno, aos 11 minutos, Viáfara, aos 20 minutos do primeiro tempo; Ramon, aos 2 minutos; Carlos Alberto, aos 31 minutos do segundo tempo.