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Fenômeno de audiência, Super Bowl vira sinônimo de lucro e curiosidades bizarras; veja

Maior evento dos Estados Unidos tomou proporções incríveis em todo o mundo  - John G. Mabanglo/EFE
Maior evento dos Estados Unidos tomou proporções incríveis em todo o mundo Imagem: John G. Mabanglo/EFE

Do UOL, em São Paulo

02/02/2013 06h00

Um dos maiores espetáculos do mundo esportivo. É dessa forma que o Super Bowl tem sido tratado ao longo dos anos. No entanto, a fama do evento não foi construída apenas pela qualidade das partidas ou pelos ótimos jogadores em campo, mas muito por conta de tudo aquilo que rodeia o acontecimento na semana do jogo que define o campeão da NFL, principalmente no que diz respeito à movimentação financeira.

No domingo, San Francisco 49ers e Baltimore Ravens decidem, no Mercedes-Benz Superdome, em Nova Orleans, quem será o 47º vencedor do principal torneio de futebol americano. Mas não seria nenhum exagero dizer que o resultado do duelo acaba ficando em segundo plano se comparado aos lucros obtidos e as curiosidades que envolvem a realização do jogo, como o número de cervejas comercializadas ou a quantidade de asas de frango consumidas.

Confira alguns números que fazem do Super Bowl um evento único no mundo esportivo:

800 milhões de lucro

  • Lucy Nicholson/Reuters Um dos fatores que comprovam a fama do Super Bowl como fenômeno econômico é a receita recebida pela cidade sede do evento. Na edição de 2012, que aconteceu em Indianápolis, o valor levantado pela economia local foi de aproximadamente 400 milhões de dólares (algo em torno de R$ 800 milhões), montante que deve ser facilmente superado na Louisiana. Parte do dinheiro arrecadado pode ser explicada pela inflação nos preços locais ao longo da semana do jogo. Para passar uma noite em um hotel de Nova Orleans a média de custo é de 2,6 mil dólares (cerca de R$ 5 mil). Em dias considerados ?normais?, as diárias variam entre 150 (R$ 300) e 350 dólares (R$ 700).

Fenômeno de audiência

  • Isadora Brant/FolhapressMais do que consolidado nos Estados Unidos, o futebol americano passou a se popularizar em diversos locais do mundo. No domingo, mais de 130 países, em territórios com 34 línguas diferentes, vão acompanhar pela televisão a partida entre 49ers e Ravens. Com a larga escala de transmissão, a audiência cresce de forma desenfreada com o passar dos anos. Na última edição do Super Bowl, mais de 160 milhões de pessoas assistiram ao jogo entre New England Patriots e New York Giants em todo o mundo. Só nos Estados Unidos, foram 111,3 milhões de espectadores, número recorde da TV americana. De acordo com um levantamento feito pela Nielsen, 45% das famílias que possuem televisores nos EUA assistem ao duelo decisivo, o triplo do número atingido na final da NBA.

     


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O comercial mais caro da TV

  • Lucy Nicholson/ReutersCom a imensa audiência, o custo de um espaço no intervalo comercial é o mais caro da televisão americana. Para conseguir 30 segundos na programação, uma empresa deve gastar algo em torno de 4 milhões de dólares (cerca de R$ 8 milhões). De acordo com um estudo, os comerciais do Super Bowl têm 58% a mais de chances de permanência na mente dos telespectadores. Na última edição, a NBC, dona dos direitos de transmissão, arrecadou mais de 250 milhões (R$ 500) de dólares só em publicidade. Neste ano, a CBS é a responsável pela cobertura oficial.

As estrelas do show do intervalo

  • Christopher Polk/Getty Images/AFPUm dos momentos mais nobres e aguardados do Super Bowl é o Halftime Show. No início dos anos 90, os organizadores perceberam que a participação de artistas mundialmente consagrados durante o intervalo poderia impulsionar a marca da NFL. O que era para ser uma apresentação se tornou um verdadeiro espetáculo em 1993, quando Michael Jackson se apresentou. Desde então, grandes nomes da música são responsáveis pelo show do intervalo. A presença dos astros no Halftime Show mexe consideravelmente com a audiência do evento. Na última edição, o Super Bowl teve um aumento de 3 milhões de telespectadores apenas por conta do espetáculo protagonizado pela cantora pop Madonna. No domingo, Beyoncé será responsável por levantar o público no intervalo do jogo. Vale destacar que nenhuma das atrações cobra cachê para se apresentar. De acordo com um estudo da Nielsen, a exposição midiática do jogo automaticamente alavanca as vendas de produtos dos artistas.
     

Recorde no Twitter

  • Mike Lawrie/Getty Images/AFPOutro recorde quebrado pelo Super Bowl está no Twitter. Em 2012, o jogo registrou 12,233 tweets por segundo. O maior número de postagens na história do microblog para um evento de língua inglesa.

Casa cheia

  • Rob Carr/Getty Images/AFP Inaugurado em 1975, o Mercedez-Benz Superdome, casa do New Orleans Saints, será palco da decisão da NFL. Será a sétima vez que o estádio recebe a final. Ao todo, são esperadas 72 mil pessoas para acompanhar o jogo entre 49ers e Ravens.

Alimentação pesada

  • AP Photo Um dos maiores lucros do Super Bowl está no ramo alimentício. Cerca de 1,23 bilhão de porções de asas de frango são consumidas apenas durante a semana do evento. Já redes consagradas como Pizza Hut e Dominos recebem, pelo menos, o dobro de ligações do que em qualquer outro dia do ano. Além disso, aproximadamente 14 milhões de hambúrgueres são vendidos apenas na data da final, número inferior apenas ao feriado de 4 de julho nos Estados Unidos.

Alto consumo de cerveja

  • Michaela Rehle/ReutersOutro item que possui um aumento significativo nas vendas é a cerveja. Estima-se que 49,2 milhões de caixas de cerveja são vendidas no dia do Super Bowl.

Pausa estratégica para o banheiro

  • Denis Balibouse/Reuters Como não poderia deixar de ser, o elevado consumo de cerveja faz com que as pessoas tenham maior vontade de ir ao banheiro. O resultado é um número de 1,4 bilhão de idas ao toalete e dois bilhões de galões de água gastos com descarga. No entanto, 58% dos americanos preferem fazer a pausa para o banheiro durante o jogo. O objetivo é não perder nenhum comercial durante o intervalo.

Para fugir do trabalho no dia seguinte

  • Mohamed Nureldin Abdalla/Reuters O resultado de toda a festa do Super Bowl não é nada agradável. O consumo do norte-americano com antiácidos aumenta aproximadamente 20% após o confronto. Além disso, cerca de 7 milhões de pessoas exageraram na comemoração e faltaram ao trabalho no dia seguinte ao jogo com a desculpa de que estavam doentes.