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Mick Schumacher se diz confiante e agradece apoio de pai antes de testar F1

Mick Schumacher, filho de Michael Schumacher - Andrej Isakovic/AFP
Mick Schumacher, filho de Michael Schumacher Imagem: Andrej Isakovic/AFP

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Manama (Bahrein)

28/03/2019 09h57

Cercado por um batalhão de jornalistas em pleno paddock da Fórmula 2 no Circuito de Sakhir, no Bahrein, e acompanhado atentamente por Sabine Kehm, empresária do pai Michael e quase como uma segunda mãe, Mick Schumacher fugiu com um sorriso de todas as perguntas sobre a sensação de pilotar não apenas um Fórmula 1, mas uma Ferrari, algo que ele vai fazer pela primeira vez no teste que será realizado no país árabe durante a semana.

Antes disso, Mick Schumacher fará sua estreia pela Fórmula 2, pela Prema, equipe com fortes ligações com a Scuderia. E é nisso que o alemão de 20 anos está pensando, e não no teste. "Fórmula 2, estou focado 100%. Vou focar na F-1 quando chegar o momento. Claro que ficarei emocionado, mas fica para depois. Por isso estou contente que vamos começar o campeonato neste final de semana", garantiu o piloto, que garantiu estar "totalmente confiante" mesmo tendo a chance de testar um Fórmula 1 tão cedo. E de onde vem essa confiança? "Porque estou pronto. Há várias coisas que você precisa fazer para se preparar. Fiz muito trabalho no simulador e também trabalho físico, tentando estar o mais preparado possível. Sinto-me 100% preparado."

Perguntado sobre a pressão de ser filho do maior vencedor da história da Fórmula 1, Mick Schumacher disse que não teve escapatória, e destacou a ajuda do pai em sua carreira.

"Estou ficando mais velho e mais acostumado com tudo isso. Trabalhar com pessoas diferentes está me ajudando a amadurecer", garantiu. "A pressão faz parte. Sou filho de quem sou e estou contente com isso. Ele foi o maior piloto que já existiu e me espelho nisso. Isso sempre fez parte de mim, então tive tempo para me acostumar com isso e tive a ajuda de muitas pessoas. E não seria pessoa que sou se não fosse por ele também. Ele me ajudou muito na época do kart."

Mesmo confortável com a pressão e dizendo-se preparado, o piloto da Prema não quis falar em disputar o título na F-2. "A meta é ganhar o máximo de experiência, aprender o máximo e dar o melhor da minha performance", disse o atual campeão da Fórmula 3 Europeia. Lá, ele não vinha bem até a metade do campeonato, e depois passou a dominar. É esse momento que ele tenta levar para a nova categoria. "É como se tivesse aberto um pote e tudo começou a se encaixar. Consegui usar a experiência que fui ganhando da melhor maneira possível."

Tudo, é claro, para chegar a seu principal objetivo, a Fórmula 1. Mick revelou que esteve no paddock várias vezes de maneira 'extra-oficial', mas só há três anos teve o contato com as equipes e viu tudo mais de perto. "Foi melhor do que eu esperava. Foi mais rápido, tudo era melhor que esperava. Os carros eram bonitos, pareciam ser legais de pilotar. A Fórmula 1 é muito especial porque são só 20 e, se você está entre eles, significa que está entre os melhores. Então é uma meta que sempre sonhei em alcançar. Mas temos que esperar até que as coisas aconteçam para pensar nisso. No momento, estou feliz em estar na F-2. E o resto virá."

A temporada da Fórmula 2, que conta com Sergio Sette Camara como único representante brasileiro, começa neste final de semana no Bahrein, como uma das corridas de abertura da Fórmula 1, que faz sua segunda etapa da temporada.

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