Hamilton diz que domínio sobre Vettel era esperado: "É difícil me superar"

Prestes a se tornar campeão do mundo pela quinta vez - ele precisa marcar oito pontos a mais que o rival Sebastian Vettel nas quatro corridas que faltam, podendo conquistar o título já neste final de semana, nos EUA - Lewis Hamilton conseguiu se tornar uma unanimidade dentro da Fórmula 1: não há no paddock quem não o coloque entre os melhores da história.
O próprio inglês de 33 anos admite que vive seu melhor momento. E diz que hoje é um piloto muito melhor do que na última vez que perdeu um campeonato, em 2016, para seu então companheiro Nico Rosberg. Lewis vive um momento tão bom que duvida, até mesmo, que conseguirá repetir o que tem sido uma temporada praticamente sem erros.
Mas os erros do alemão pesaram na segunda metade de 2017 e se repetiram neste ano, colocando certa distância na percepção da qualidade dos dois pilotos. Nada que tenha surpreendido Hamilton, como ele revela em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, na qual fala também sobre um momento decisivo na carreira, quando afastou o pai da função de empresário no final de 2009. E revela o que queria ver de volta na Fórmula 1 no futuro.
UOL Esporte: Algumas temporadas de alguns pilotos são consideradas especiais e até decisivas para que eles sejam colocados entre os grandes, como Senna em 1993 e Schumacher em 1997. Sente que está no mesmo patamar?
Lewis Hamilton: Certamente, eu estava assistindo a todos esses, mas tenho dificuldades até de lembrar coisas da minha própria carreira. Posso me basear apenas em mim mesmo, não posso comparar esse ano que estou tendo com outros. Mas sinto que estou no topo neste ano - o que era de se esperar: você espera melhorar ao longo da vida. Se não fizer isso, não sei o que está fazendo com ela!
LH: Não entendo esse pensamento. Não estava no meu melhor momento em 2016 [quando Nico foi campeão]. Estou no meu melhor momento agora. Definitivamente, é difícil lutar contra mim no momento. Com qualquer um, é muito difícil bater um piloto quando ele está em seu melhor momento. Eu, definitivamente, não estava no meu melhor momento naquele ano. Não dá para estar no topo o tempo todo. E não sei o que mais posso dizer a respeito.
UOL: Você achava que seria mais difícil lutar contra Vettel no campeonato?
LH: Não, foi como eu esperava que fosse. Nos últimos dois anos, as coisas correram como eu esperava.
UOL: Uma das maiores diferenças entre seu estágio atual e o início da sua carreira é que você não tem mais seu pai ao seu lado, indo para todas as corridas e atuando como empresário. Como é sua relação com ele hoje? Qual a importância de se afastar naquela época?
LH: Foi importante para mim, como homem, me afastar e ter responsabilidade total por minha própria vida. Sem ter aquele conforto vindo de um pai ou mãe. Foi importante. E, mesmo que meu pai fosse meu empresário também, sempre houve emoção envolvida e eu precisava cortar aquilo. Foi um passo muito importante que eu tomei e fico contente de ter feito aquilo naquela época. Nossa relação é ótima. Falei com ele recentemente e estamos caminhando para ter uma relação de pai e filho, que estava arranhada.
UOL: Foi uma longa trajetória até se tornar esse piloto muito difícil de ser batido. Mas e o futuro?
LH: Acho que o barulho está fazendo falta na F-1. Por que as pessoas gostam tanto de música? É porque música te conecta a alguma emoção. O barulho do motor também conecta as pessoas a uma emoção. Ainda sou conectado a isso. Quando eu ouço um motor V10 com 21000 RPM… Eu daria muito para ter aquilo de volta!
Com quatro corridas para o final, Hamilton tem a primeira chance de ser campeão já neste final de semana, em Austin. Se vencer a prova e Vettel não passar de terceiro, ele sela o pentacampeonato. Se o alemão não pontuar, basta um sexto lugar.
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