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Líder, Hamilton supera críticas a estilo de vida: "Não sou bom com regras"

Lewis Hamilton comemora a vitória no GP de Cingapura - Lars Baron/Getty Images
Lewis Hamilton comemora a vitória no GP de Cingapura Imagem: Lars Baron/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

23/09/2018 04h00

Após vencer o GP de Cingapura e ampliar sua vantagem na liderança do campeonato da Fórmula 1, Lewis Hamilton voou para a Tailândia para gravar vídeos com seus patrocinadores. Muito provavelmente terá outras tantas paradas pelo mundo antes de chegar a Sochi, na Rússia, para a disputa da 16ª etapa do campeonato, dia 30 de setembro.

Essa vida agitada constantemente gera críticas ao inglês, que avisou em entrevista ao UOL Esporte: “Não sou bom com regras e não sou bom em ter que me encaixar. Eu faço do meu jeito. Sou como um unicórnio”.

As viagens são uma constante na vida do inglês que, depois de vencer a etapa anterior, na Itália, foi direto lançar sua coleção de roupas em Xangai, na China, depois marcou presença nas semanas de moda de Nova York e Londres, deu uma passada rápida na Itália e só então foi para Cingapura. Tudo isso em 10 dias.

hamilton china - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Hamilton em lançamento de sua linha de roupas em Xangai
Imagem: Reprodução/Instagram
Além das viagens, Hamilton também curte a badalação e está sempre sendo visto com celebridades - em Nova York, por exemplo, seu evento contou com Bruna Marquezine e Alessandra Ambrósio, na mesma cidade ele ainda foi visto saindo de uma festa com a cantora Nicki Minaj. Hamilton está solteiro, pelo menos oficialmente, desde 2015.

Hoje, aos 33 anos, Hamilton revelou que enfrentou desafios para ter esse estilo de vida aceito pela própria família e, principalmente, por seus chefes. O inglês chegou à F-1 em 2007 com fama de bom moço e sempre cercado por familiares, mas depois de ter se afastado do pai em 2011 e ter assinado com a Mercedes no ano seguinte, isso mudou.

“Foi uma jornada longa e dura. Foi difícil porque, naturalmente, as pessoas sempre estão questionando o que você está fazendo - isso acontece com a família, a mídia, os chefes de equipe. Eu lembro que Niki [Lauda, tricampeão da F-1 e um dos chefes da Mercedes] me dizia ‘você não pode fazer isso, tem de focar. Eu tenho que ir dormir às 9 da noite!’, enquanto Toto [Wolff, também seu chefe] dizia ‘deixe-o fazer o que quiser, olhe como ele está pilotando bem’”.

Mas Hamilton, que é o favorito para conquistar o título mundial, entende que seu estilo de vida não é o padrão para nenhum esportista - é simplesmente o que lhe faz bem. “Leva tempo para quebrar padrões. Todos nós acreditamos que as coisas têm de ser feitas de certa maneira. Mas cabe a nós quebrar isso e fazer algo revolucionário e diferente para evoluir”.

O GP da Rússia será a 16ª etapa do campeonato, que tem ainda 150 pontos em jogo até o final, em Abu Dhabi, em novembro.

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