Alonso pode evitar fuga de patrocínios da McLaren mesmo sem seguir na F-1
A decisão de Fernando Alonso de não disputar o Mundial de Fórmula 1 no ano que vem não deixou apenas uma vaga em aberto na McLaren para 2019, como também gera um problema e tanto para o time. Isso porque os contratos com os patrocinadores exigiriam pelo menos um piloto vencedor de corridas na equipe. E só há um atualmente no mercado: Kimi Raikkonen.
Isso explica por que a McLaren fez oferta milionária para Daniel Ricciardo, que acabou decidindo trocar a Red Bull pela Renault: no comunicado em que divulgou sua saída da F-1, Alonso disse que a decisão foi tomada “faz tempo”, indicando que a McLaren sabia há meses que ele não continuaria.
Antes de Ricciardo, o time também procurou o próprio Raikkonen que, no final de junho, não negou ter conversado com sua ex-equipe. O finlandês correu pela McLaren entre 2002 e 2006 e ainda não anunciou qual será seu futuro. No entanto, sua continuidade na Ferrari ganhou força depois da morte do presidente do grupo Fiat/Chrysler e também da Scuderia Sergio Marchionne, mês passado. Isso porque o ítalo-canadense era o principal defensor da contratação do novato Charles Leclerc para pilotar ao lado de Sebastian Vettel. E, para Raikkonen, havendo a chance de permanecer, o cockpit de um carro que está em plena luta pelo título é bem mais atraente do que a McLaren.
Com todos os outros vencedores de GP - Vettel, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Daniel Ricciardo e Max Verstappen - com contratos assinados para o ano que vem, a missão de deixar os patrocinadores satisfeitos se torna algo difícil para o time inglês.
O principal nome ligado ao cockpit de Alonso é de seu compatriota, Carlos Sainz. E outro piloto cogitado é o britânico Lando Norris, atualmente na F-2. Ele faz parte do programa de jovens pilotos da McLaren e disse recentemente que seu futuro dependia “dos chefes e do que Fernando vai fazer”.
Mas com pilotos jovens e sem vitórias ligados à vaga de Alonso, qual será a saída da McLaren? Uma opção seria optar pelo mesmo caminho que a Williams, quando o time teve restrições em consequência do patrocinador master ser uma marca de bebidas e não querer pilotos com menos de 23 anos e contratou um piloto de testes mais velho. Outra, mais plausível, é manter Alonso como garoto-propaganda enquanto ele corre em outras categorias.
Isso porque o espanhol em momento algum anunciou sua aposentadoria da F-1 ou mesmo o fim da relação com a McLaren. Na verdade, fez justamente o contrário, ao declarar acreditar que sua equipe “voltará a ser melhor e mais forte no futuro, e esse poderia ser o momento de eu retornar - ficaria muito feliz com isso”.
Por outro lado, quem ganha sobrevida é Stoffel Vandoorne. O atual companheiro de Alonso está sendo questionado internamente na McLaren, mas a opção pela estabilidade pelo menos de um lado da garagem pode segurá-lo por mais um ano.
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