Análise: 2ª metade promete briga dura pelo título e evolução de grandes

Esta semana marca o retorno das atividades da Fórmula 1 depois de duas semanas de fábricas fechadas e quase um mês sem carros na pista. A partir do GP da Bélgica, dia 27, começa a fase decisiva para a temporada, com nove etapas até a decisão em Abu Dhabi, no final de novembro. E, após uma primeira metade de muitos altos e baixos entre Mercedes e Ferrari, é difícil apontar um favorito para o campeonato, que tem Sebastian Vettel como líder, com 14 pontos de vantagem para Lewis Hamilton.
Confira o que esperar de cada equipe na 2ª metade do campeonato da F-1:
Mercedes: O time teve o carro mais rápido na maior parte das pistas, especialmente em classificação e em pistas de alta velocidade, que são maioria na segunda parte do ano. Porém, tanto Hamilton quanto Valtteri Bottas já tiveram problemas com o câmbio e a equipe ainda tem de administrar a briga interna entre seus pilotos, que têm tirado pontos um do outro. A política, por enquanto, tem sido não intervir, mas isso pode mudar dependendo da situação do campeonato.
Ferrari: A equipe de Vettel vem embalada por um pacote de mudanças que melhorou o desempenho do carro na Hungria, mas ainda precisa comprovar que as mudanças também funcionam em circuitos de alta velocidade, nos quais a Mercedes parece superior. Outro problema é o motor: especialmente Vettel está pendurado, tendo usados todos os seus turbocompressores permitidos para a temporada. Dificilmente o alemão escapa de punição em pelo menos uma etapa.
Force India: Com os pontos conquistados na primeira metade, muito em função da consistência do rendimento do carro e de seus pilotos, o time está a caminho de repetir o quarto lugar do ano passado. Mas a dupla Sergio Perez e Esteban Ocon já mostrou ser um foco de tensão.
Toro Rosso: O fato de o time estar a dois pontos da Williams mesmo pontuando basicamente com um piloto (Carlos Sainz fez 35 pontos contra 4 do companheiro Daniil Kvyat) dá a medida de seu potencial. Na segunda metade, porém, todos os olhos estarão no russo, que vem se envolvendo em muitos incidentes e corre o risco de levar um gancho nas próximas provas.
Haas: A equipe continua sendo surpreendida com os altos e baixos de seu carro e segue tendo problemas de inconsistência dos freios, mesmo tentando vários sistemas diferentes. Mesmo com um bom projeto, a inexperiência de muitos membros da equipe pesa na briga apertada no meio do pelotão. Mas a dinâmica interna, com Kevin Magnussen começando a dar trabalho a Romain Grosjean, pode ser interessante na segunda metade.
Renault: A estreia de um novo assoalho no GP da Inglaterra parece ter melhorado de forma significativa o desempenho do carro de uma das equipes que brigam para tirar o quinto lugar da Williams. Porém, será difícil se a Renault continuar pontuando apenas com Nico Hulkenberg, o que aumenta a pressão sob Jolyon Palmer, que pode ser substituído ainda neste ano.
Sauber: Time chegou a deixar a McLaren na lanterna por um bom tempo, mas brigas políticas internas e um grande diferencial de performance (a Sauber é a única do grid com um motor de 2016, muito defasado) fazem com que seja praticamente impossível escapar da última posição no campeonato.