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Como Kubica pode ser a chave para o mercado de pilotos de 2018 na F-1

Robert Kubica corria pela Renault quando sofreu acidente em 2011 - Kai Foersterling/EFE
Robert Kubica corria pela Renault quando sofreu acidente em 2011 Imagem: Kai Foersterling/EFE

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

26/07/2017 04h00

A temporada da Fórmula 1 está bastante disputada, com Sebastian Vettel e Lewis Hamilton divididos por apenas um ponto após 10 etapas, mas ao mesmo tempo se fala muito sobre o ano que vem. Afinal, até mesmo o tetracampeão da Ferrari ainda não está confirmado no time para 2018, ainda que negocie a renovação de seu contrato.

Mas a chave para o mercado de pilotos sequer está no grid neste ano. Robert Kubica vem fazendo um programa de testes para comprovar que está pronto para voltar à categoria sete anos depois de um grave acidente de rali que o deixou com sequelas que limitam os movimentos seu antebraço direito em 70%. E o fato do polonês ter sido escalado pela Renault para o testes que será realizado logo após o GP da Hungria, na semana que vem, demonstra que o piloto de 32 anos vem agradando até aqui.

Em Budapeste, Kubica estará na pista junto de novatos e de pilotos do atual grid, em um circuito bastante travado, com curvas que irão testar as capacidades físicas do polonês.

É por isso que o teste mexe também com o mercado de pilotos. Como o UOL Esporte adiantou, ainda que vários contratos terminem ao final de 2017, o cenário atual aponta para a manutenção da maioria das duplas, a não ser justamente na Renault, cujos dirigentes vêm criticando publicamente o desempenho de Jolyon Palmer, piloto mais ameaçado do grid.

Caso Kubica convença o time francês e retorne, a situação fica ainda mais difícil para pilotos que estão insatisfeitos em seus times, como Fernando Alonso na McLaren e Carlos Sainz na Toro Rosso.

Já no caso de Kubica não voltar, abrem-se mais possibilidades, inclusive de um dos espanhóis ficar com a vaga que hoje é de Palmer.

Essa vaga é atraente pelo fato da Renault ter voltado a ser uma equipe de fábrica que, ainda que esteja andando no meio do pelotão, vem fazendo um grande investimento desde o retorno, ocorrido apenas ano passado. Seu potencial de crescimento, portanto, é teoricamente melhor do que das outras equipes com as quais disputa atualmente.

Antes do teste, no entanto, os pilotos disputam o GP da Hungria, cujos primeiros treinos livres começam nesta sexta-feira.

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