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Fórmula 1

Por que Kubica é tão valorizado na F-1 e qual a real chance dele voltar?

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Londres (ING)

30/06/2017 08h08

“Acho que ele foi o melhor porque ele venceu todas as categorias em que os carros eram iguais, desde o kart. E ele estava vencendo toda essa geração que está vencendo agora.” Foi o que Fernando Alonso disse ao UOL Esporte sobre Robert Kubica, piloto que venceu apenas uma corrida em 76 largadas nas F-1 entre 2006 e 2010, antes de sofrer um acidente de rali que abreviou sua carreira.

O ponto de vista do espanhol é o mesmo especialmente dos engenheiros que trabalharam com Kubica na Renault. O grupo de Alan Permane e Bob Bell, que continua até hoje no time que foi o último do polonês, vem pressionando para que a equipe dê condições a Kubica entender se o processo de recuperação de um acidente que quase decepou seu braço direito no início de 2011 foi bom o bastante para que ele sonhe com um retorno à F-1.

Perguntado se mantinha contato com o polonês, de quem é amigo pessoal, Alonso disse que sim, “ainda que fale com ele menos do que deveria”, mas que eles não tinham conversado após o primeiro teste em um F-1 depois do acidente, que foi realizado dia 6 de junho, em Valência, com a Renault.

Os próximos planos do polonês seriam realizar outro teste em um circuito de alta velocidade, provavelmente Silverstone, e participar do teste oficial da F-1 em Hungaroring, após o GP da Hungria, na primeira semana de agosto. A Renault ainda não anunciou quem participará da sessão, mas o chefe do time Cyril Abiteboul, afirmou que não há nada planejado além da aparição de Kubica neste final de semana, no Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra.

“Robert está fazendo um programa para entender o que ele pode fazer, pilotando vários carros. Veremos. Não há mais nada planejado no momento, além de um evento de marketing em Goodwood”, disse o dirigente, que negou um dos rumores que estão circulando no paddock, de que Kubica substituiria o pressionado Jolyon Palmer nos treinos livres do GP da Itália.

“Não sei de onde vem isso e posso negar isso completamente. Robert fez parte da família da equipe de Enstone, foi muito próximo e leal. Ele impressionou muito todos a sua volta e essas pessoas sentem que precisam fazer algo grande pela vida de Robert e essa foi uma oportunidade, porque na verdade era uma ação de marketing que foi cancelada, então tínhamos um carro à disposição naquela pista e oferecemos a oportunidade a ele”, explicou.

No que depender dos ex-colegas de F-1, contudo, o retorno do piloto de 32 anos seria bem-vindo.

“Ele era um piloto, sem dúvida, muito talentoso. O melhor, eu não sei, mas ele mostrou seu talento em várias categorias. Infelizmente teve o acidente mas, se ele estivesse aqui, muito provavelmente estaria em uma equipe campeã”, disse Felipe Massa ao UOL Esporte.

“Seria muito bom ter ele de volta. É difícil dizer se é possível porque o encontrei duas vezes depois do acidente, então não tenho noção de qual é a situação dele. Mas foi muito legal vê-lo dar mais de 100 voltas no teste e virar tempos bons, pelo que ouvimos comentarem. É um bom recomeço para, quem sabe ano que vem ou mais para frente, ele estar de volta. Acho que todos gostariam de tê-lo de volta”.

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