Ferrari enfrenta problemas com o motor e já faz as contas por punições
A quarta etapa da temporada da Fórmula 1 mal começou e a Ferrari já está fazendo as contas para retardar ao máximo uma punição que, no momento, parece inevitável: tanto o líder do campeonato, Sebastian Vettel, quanto Kimi Raikkonen estão usando o terceiro turbo do ano. O limite antes de começarem a serem dadas punições é de quatro para todo o ano.
Os problemas de turbo não têm atrapalhado apenas a equipe principal: única cliente que usa a unidade de potência de 2017 italiana (a Sauber utiliza o motor Ferrari de 2016 nesta temporada), a Haas também teve os turbocompressores dos carros de Romain Grosjean e Kevin Magnussen trocados para o GP da Rússia, que está sendo realizado neste final de semana. A Ferrari teria identificado um problema de estabilidade e feito alterações para melhorar a confiabilidade da peça, que já tinha deixado os quatro pilotos na mão em algum momento nas três provas anteriores.
Mesmo que o problema tenha sido resolvido, algo que os italianos vão avaliar em Sochi, isso significa que três unidades da cota total de quatro já foram utilizadas. Eles voltarão aos carros em treinos livres, mas dificilmente em classificações e corridas. A partir da quinta unidade, os pilotos começam perdendo 10 posições no grid a cada troca.
A Ferrari não é a única com problemas. A McLaren sabe que terá de pagar várias punições ao longo do ano, uma vez que os dois pilotos receberam novos turbocompressores e unidades de recuperação de energia calorífica, como parte de uma atualização da Honda para tentar melhorar a confiabilidade de seu motor, que já quebrou inúmeras vezes desde a pré-temporada. No caso de Stoffel Vandoorne, contudo, a novidade não ajudou: após uma quarta troca por uma quebra na primeira sessão de treinos livres, o belga já estourou sua cota justamente do turbo e do MGU-H e vai perder 15 posições no grid.
A Renault também teve problemas de confiabilidade neste início de ano, que é o quarto em que a atual tecnologia dos V6 turbo híbridos é utilizada, mas a primeira em que o desenvolvimento é liberado. No caso da fábrica francesa, o problema estava centrado no sistema de recuperação de energia cinética, o MGU-K, e no motor de combustão. Por conta disso, tanto os dois pilotos da Toro Rosso, quanto da própria equipe de fábrica já estão em seu segundo motor.
A única fornecedora que está seguindo o planejamento inicial é a Mercedes: todos seus seis carros (do time de fábrica, da Williams e da Force India) usaram apenas uma unidade de potência até agora.
O GP da Rússia terá classificação às 9h do sábado pelo horário de Brasília e a largada no mesmo horário, no domingo. Nesta sexta-feira, acontecem os primeiros treinos livres, em duas sessões de 1h30 a partir das 5h e das 9h da manhã.
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