F-1 ainda engatinha no mundo digital. Mas novos donos prometem mudar isso
Ao assumir o controle de um esporte que perdeu um terço de seus espectadores na última década e cujo lucro advindo da internet é praticamente nulo, o grupo norte-americano Liberty Media tem um grande desafio pela frente: levar a Fórmula 1 para a era digital. E os pilotos mal podem esperar por isso.
Quando perguntados sobre a aquisição da categoria pelos novos investidores, em negócio que foi concluído na semana passada e que já gerou uma verdadeira revolução no comando do esporte, os pilotos foram unânimes em apontar a falta de ações digitais como o grande problema que vem freando o crescimento da F-1.
“Os jovens de hoje vivem com o celular na mão, então é claro que essa é a parte mais importante”, afirmou Felipe Massa, cuja opinião é dividida por todo o paddock.
Os números mostram por que esse consenso é verdadeiro: mesmo realizando suas próprias ações, independentemente do apoio dos dirigentes, os pilotos têm quantidades tímidas de seguidores em comparação com grandes estrelas do esporte. O piloto mais seguido do Instagram, por exemplo, é Lewis Hamilton, com 3,7 milhões de seguidores. Bastante ativo nas redes sociais, o britânico é, de longe, o campeão, com mais que o dobro de seguidores que Fernando Alonso, segundo colocado. Mesmo assim, fica bastante longe dos nomes mais populares do esporte, como Cristiano Ronaldo (82,9 milhões) ou Neymar (62,6 milhões).
Essa vontade dos pilotos de ver a Fórmula 1 mais conectada com o mundo de hoje, algo que gerava resistência do ex-chefão Bernie Ecclestone, que não conseguia entender a melhor forma de lucrar com isso, é compartilhada pelos novos donos, como deixou claro o presidente e CEO do Liberty Media, Greg Maffei
“Menos de 1% do lucro vem da parte digital. Realmente não existe nenhum esforço digital organizado”, afirmou.
Uma das áreas em que os novos donos pretendem investir é no automobilismo virtual. “Há muitas coisas que podem ser feitas em termos de jogos, realidade virtual e realidade aumentada. Há uma enorme quantidade de dados e vídeos que já são capturados hoje em dia mas que não estamos processando para os fãs, utilizando todas as oportunidades.”
Segundo Maffei, a Liberty Media buscará uma “experiência mais voltada diretamente ao consumidor” em termos de uso de plataformas digitais.
“A maneira como trabalhamos com os detentores de direitos de TV tradicionais precisa ser pensada. Mas acho que há muito mais que podemos fazer além disso.”
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