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Ferrari lança hoje carro em meio a pressão interna por título e promessas

Giampiero Sposito/Reuters
Imagem: Giampiero Sposito/Reuters

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

19/02/2016 06h00

“Se não conseguirmos vencer nenhum campeonato em 10 anos, seria uma tragédia.” “Queremos ser o time a ser batido na Austrália porque somos a equipe de maior sucesso de toda a história.” É com frases como estas que o presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, demonstrou toda a expectativa da equipe para o carro que será lançado hoje, em Maranello, na Itália.

Trata-se de um discurso bem diferente de 12 meses atrás, quando o chefe da equipe, Maurizio Arrivabene, chegou a prometer que “correria pelado pela montanhas de Maranello” se o time ganhasse três corridas. Afinal, foram justamente três as vitórias do ano passado.

Depois de ter renascido em 2015 após uma série de mudanças na temporada anterior - que foram desde o departamento de motores até a partida de Fernando Alonso para a chegada de Sebastian Vettel e a troca de comando, com Arrivabene assumindo um posto que trocou de mãos duas vezes em menos de um ano - a Ferrari tem como meta, pelo menos, se consolidar como a grande rival da Mercedes, que levou os últimos dois títulos com facilidade.

Para isso, é esperado que o novo carro apresente mudanças significativas: a primeira, visível, na parte dianteira, com uma nova geometria de suspensão e um bico mais curto, acompanhando a tendência do restante do grid; e a segunda, menos perceptível, na realocação das partes do motor, visando ter um conjunto tão forte quanto o da Mercedes.

Entre os rivais, há certo ceticismo quanto à possibilidade da Ferrari tirar uma diferença que, mesmo com o crescimento dos italianos, foi grande ano passado: enquanto os ferraristas venceram três provas, Hamilton e Rosberg dividiram as outras 16. “As regras são extremamente estáveis para este ano”, lembrou o chefe da Red Bull, Christian Horner. “Então obviamente a Mercedes vai continuar dominando, tamanha é sua margem.”

O discurso dos ferraristas, contudo, é otimista. “Acredito 100% que eles podem ser batidos, especialmente se conseguirmos colocá-los sob pressão”, declarou Vettel. “Se fizermos tudo o que queremos, temos uma chance realista desta temporada ser um clássico - com a Ferrari mais forte”, crê o diretor técnico, James Allison.

A grande aposta ferrarista é na maior integração entre o próprio Allison, que assumiu o cargo atual em 2014, Vettel e Arrivabene, além de mais evoluções no motor, área que mais cresceu de 2014 para 2015. O lançamento começa às 11h pelo horário de Brasília, por meio do site oficial da equipe. Mas as respostas só começarão a ser dadas a partir do dia 22 de fevereiro, no início dos testes de pré-temporada.

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