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Primeira chefe mulher na F-1, Monisha é 'durona', contam pilotos da Sauber

Mark Thompson/Getty Images
Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em São Paulo

13/02/2016 06h00

A primeira chefe de equipe mulher da história da Fórmula 1 vai para sua sétima temporada no comando da Sauber tendo mostrado a que veio. Famosa pelas opiniões fortes e pela liderança na luta contra a desigualdade orçamentária entre os times da categoria, Monisha Kaltenborn tem a sinceridade como qualidade mais destacada por seus pilotos. E isso é algo raro entre seus pares.

“Eu me dou bem com a Monisha”, revelou Marcus Ericsson. “Ela é uma chefe durona de certa forma, porque ela é muito direta, sem rodeios, e fala o que pensa para você, o que acho que é uma grande qualidade.”

Monisha vem comandando a Sauber em um período de altos e baixos para a equipe. Depois dos três pódios de 2012 e de outros bons resultados no ano seguinte, o time enfrentou um 2014 bastante difícil e não marcou um ponto sequer. Depois de começar a reação na temporada passada e apostando na continuidade de Ericsson e do brasileiro Felipe Nasr, o time espera crescer.

“A Monisha me recebeu super bem desde a primeira vez que eu tive contato com a equipe”, contou Felipe Nasr ao UOL Esporte. “Ela sempre se mostrou uma pessoa muito dedicada, séria. Acho que tudo o que ela prometeu para a gente, acabou acontecendo ano passado. Ela sempre nos alertou da situação da equipe, das dificuldades.”

Nascida na Índia, Monisha emigrou com a família para a Áustria ainda criança. Lá, se formou em direito e, trabalhando em uma companhia que prestava serviços jurídicos à Sauber, chegou à Fórmula 1 praticamente por acaso.

“Acho que comecei por um ângulo muito interessante, fazendo o trabalho legal para um time, e desde o início consegui observar várias áreas – algumas delas quase invisíveis para os que estão de fora. Ver o trabalho interno, o aspecto esportivo, o lado comercial e as questões regulatórias, é uma visão incomum na F-1”, acredita a dirigente.

Na Sauber, contudo, a indiana enfrenta um grande desafio: tornar uma equipe com poucos recursos competitiva em uma categoria na qual as grandes montadoras ganham cada vez mais espaço. 

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