Acordo bilionário encerra chance de haver concorrência ao UFC
O acordo bilionário divulgado nesta quarta-feira (20) entre o UFC e um grupo de cerca de mil e duzentos ex-lutadores pôs fim ao processo judicial que estava agendado para uma audiência pública em 15 de abril. Segundo o documento assinado em 13 de março, a empresa que controla o principal evento de MMA do mundo concordou em pagar cerca de R$ 1.6 bilhão para encerrar a disputa movida pelos atletas.
A quantia em si demonstra o poder financeiro do grupo TKO, que não só gerencia o UFC, mas também a WWE, a maior liga de telecatch do mundo. Além disso, esse desfecho pode ser considerado uma vitória judicial para a empresa em diversos aspectos, começando pelas ações da TKO.
Logo após a divulgação do acordo, cada ação do grupo valorizou-se em cinco dólares em pouco mais de uma hora, resultando curiosamente em lucro semelhante ao valor da multa a ser paga. Com o término do processo, o evento reafirma seu domínio absoluto no esporte - não é à toa que muitos fãs ao redor do mundo ainda confundem MMA com UFC.
O processo arrastou-se por sete anos e poderia ter chegado a uma multa de 2 bilhões de dólares caso as acusações de monopólio e violação da lei Sherman Act fossem comprovadas. Enquanto isso, outras organizações e atletas aguardavam que o processo resultasse em mudanças na construção dos contratos dos competidores e até mesmo na possibilidade de surgimento de concorrentes de peso. Porém, nada disso aconteceu.
A quantia acordada, que não abala as estruturas da TKO, também não garante a aposentadoria dos atletas envolvidos na ação. Se dividida igualmente, cada um receberá cerca de 280 mil dólares (R$ 1.4 milhão). Após sete anos de disputa, nenhuma das metas iniciais dos atletas foi alcançada, e o UFC apenas reforçou seu domínio no mercado e sua solidez financeira.
Por fim, para aqueles que não estavam diretamente envolvidos no processo, não haverá mais a possibilidade de acompanhar a tão aguardada audiência pública que poderia esclarecer se a empresa realmente violou ou não as leis antimonopólio dos EUA.
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