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Blog do Juca Kfouri

REPORTAGEM

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Gabigol bate recorde, mas Flamengo não bate no Racing

Gabigol, do Flamengo, comemora com o técnico Sampaoli após marcar contra o Racing, pela Libertadores - Agustin Marcarian/Reuters
Gabigol, do Flamengo, comemora com o técnico Sampaoli após marcar contra o Racing, pela Libertadores Imagem: Agustin Marcarian/Reuters

04/05/2023 20h55

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El Cilindro, em Avellaneda, localizada na região da grande Buenos Aires, capital do país tricampeão mundial em 2022, via jogo equilibrado até que Gabriel Hauche, uma potranca, aos 26 minutos, pegou forte Ayrton Lucas pela segunda vez.

Havia sido advertido com o cartão amarelo na primeira como foi na segunda pelo corajoso árbitro venezuelano e não teve terceira: expulso, deixou o Racing entregue ao Flamengo.

Então Gabigol perdeu um gol impossível de ser perdido, aos 40, em passe do chileno Erick Pulgar, mas compensou o erro ao fazer 1 a 0, nos acréscimos, em outro passe do chileno, em cobrança ensaiada de falta pela esquerda: 1 a 0 e metade do caminho andado.

Trigésimo gol de Gabigol na Libertadores, nenhum outro brasileiro marcou tantas vezes, para compensar a seca de gols dele com bola em movimento desde 15 de fevereiro, contra o Volta Redonda, no Carioquinha.

Eram 15 jogos sem marcar com bola rolando, apenas dois gols de pênaltis.

Que o Racing, mesmo com um a menos, viria com tudo era óbvio. E veio. E reclamou de pênalti do braço de Wesley, aos 60, mas a arbitragem se manteve firme mesmo com toda pressão.

E para enfeitar a noite rubro-negra entre os portenhos, Dom Arrascaeta e Bruno Henrique foram chamados por Jorge Sampaoli para substituir Arturo Vidal e Pedro.

Convenhamos que trocar o chileno pelo uruguaio é como sair de um Fusca e entrar numa Ferrari. Mas o passeio pouco durou.

Aos 70, crise!

Wesley também recebeu o segundo cartão amarelo e o jogo ficou dez contra dez.

Na cobrança da falta, Oroz empatou, bola no ângulo, com Santos só olhando.

Aos 80, Fabrício Júnior entregou a virada e a trave foi brasileira para evitá-la.

No minuto seguinte, troca de Évertons para o Flamengo tentar alcançar os mesmos seis pontos do adversário, que jogava melhor, com a faca entre os dentes.

Mas foi Thiago Maia quem, aos 45, atingiu o travessão depois de cobrança de escanteio.

Dava para ter vencido, mas não deu.

Empatar fora de casa, ainda mais na Argentina, nunca é ruim. Mas pode ter custado a liderança do grupo ao final desta fase, pois o Racing manteve três pontos de dianteira.

O Flamengo parece anêmico, pouco contundente, sem a força que já teve.

Será preciso sangue novo.