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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Julgamento de ex-presidente do Atlético-GO por morte de jornalista é adiado

Maurício Sampaio, ex-presidente do Atlético-GO - Blog do Juca
Maurício Sampaio, ex-presidente do Atlético-GO Imagem: Blog do Juca

Colunista do UOL

02/05/2022 15h03

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O julgamento de Maurício Sampaio, ex-presidente do Atlético-GO acusado de mandar matar o jornalista Valério Luiz, foi adiado mais uma vez, após quase 10 anos do assassinato.

Um novo júri foi agendado para 13 de junho. O crime ocorreu no dia 5 de julho de 2012, quando Valério Luiz deixava a Rádio 820 AM, hoje Bandeirantes, onde trabalhava.

Desta vez, o adiamento ocorreu após a defesa do ex-presidente do clube goiano abandonar o plenário, obrigando que uma nova data fosse estipulada para o julgamento.

Os outros adiamentos foram por conta da pandemia de covid-19, em 2020, e após a defesa de Sampaio desistir do processo, em março deste ano.

Mauricio Sampaio é apontado pelo Ministério Público como mandante do assassinato e ficou preso por 4 meses em 2013 de forma preventiva, mas foi liberado para responder em liberdade. Valério era comentarista de futebol em programas de esportes da emissora, quando o cartola era vice do clube goiano.

De acordo com o MP, o assassinato teria como motivação críticas feitas pelo radialista à então diretoria do Atlético-GO.

Valério Luiz foi morto atingido por seis tiros ao deixar a rádio, no Setor Serrinha, em Goiânia. Nos meses que antecederam o assassinato, Valério Luiz aumentou o tom contra a diretoria do Atlético-GO.

Entre as criticas, o jornalista acusou injeção de dinheiro de patrocinadores suspeitos, como a Linknet, envolvida no escândalo que derrubou o Governo do DF, e a Delta Construções, que resultou na cassação do senador Demóstenes Torres, entre outras críticas.

Cinco réus vão a julgamento: além de Sampaio, também irão Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, sargento da PM apontado como autor dos disparos; Djalma Gomes da Silva, sargento da PM tido como articulador do crime; e também Urbano de Carvalho Malta, outro articulador, e Marcus Vinícius Pereira Xavier, como colaborador. Todos eles alegam inocência.

Não cabe mais recurso sobre a decisão de os réus irem ao júri. E pelo menos desde 2015 que o julgamento já poderia ter ocorrido, mas as partes foram apostando em recursos, que se esgotaram há três anos.