Ônibus tombado com Sthe e Kevin estaria irregular e com pessoas sem cinto
Felizmente, o tombamento do ônibus que transportava a influenciadora Sthe Matos, o namorado Kevi Jonny e integrantes da equipe do cantor, na última sexta-feira (11), não trouxe consequências graves para a saúde dos envolvidos. No entanto, relatos das vítimas e registros do acidente dão pistas de que o veículo estaria irregular e os integrantes não utilizavam cinto de segurança.
O acidente ocorreu na sexta-feira, na BR-242, na zona oeste da Bahia, próximo à cidade de Cristópolis. Além do casal, mais 20 pessoas estavam presentes. De acordo com o relato de Sthe, entende-se que a influenciadora estava sem cinto de segurança, equipamento obrigatório e que é item de série no Scania/ Marcopolo Paradiso LD ano 2015 que transportava a equipe.
"Estou aqui hoje podendo falar com vocês por um verdadeiro milagre! Deus nos livrou e, felizmente, eu, Kevin e toda a sua equipe estamos vivos e nos recuperando? Eu fui arremessada para dentro do bagageiro do ônibus. Levei uma pancada muito forte na cabeça e nas costas e desmaiei no momento da batida. Segui desacordada por um tempo e quando acordei já na ambulância, estava com muitas dores e perdendo muito oxigênio, mas os médicos (anjos) conseguiram me deixar estável", pela forma como Sthe foi atingida, sendo arremessada, é provável a ausência do cinto de segurança, explica especialista.
Rodolfo Rizzotto, Coordenador do SOS Estradas, ressalta que de acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o uso do cinto de segurança no ônibus pode reduzir em até 70% o risco de morte e ferimentos graves.
"Em um tombamento, os corpos são projetados dentro do veículo, podendo uma pessoa sem cinto causar lesões graves ou matar quem estava usando o cinto, pela pancada. Também aumenta o risco de lesões graves, inclusive mutilações, já que às vezes os corpos são projetados para fora do veículo e a carroceria cai sobre eles, ferindo gravemente ou matando", alerta o perito.
Veículo estava irregular
Segundo a apuração do portal Estradas, a qual o UOL Carros teve acesso, a verificação do cronotacógrafo do veículo, a caixa preta dos veículos de transporte, está vencida desde 15 de fevereiro deste ano. O equipamento permite saber a velocidade praticada, tempo de direção contínua e jornada do motorista, além da distância percorrida. Essencial para a perícia do acidente.
O fato é uma infração grave, identificada como "conduzir veículo com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN". Com multa de R$ 195,23 e retenção do veículo para regularização.
Após o acidente, no entanto, a multa não foi aplicada. O Estradas também apurou que o veículo registra várias multas. Somente em rodovias federais da Bahia foram três por ultrapassagem em trecho de faixa contínua, no valor de R$ 1.467,35 cada. Há outras duas por excesso de velocidade em até 20%, com valor de R$ 130,16 cada. No total, são praticamente R$ 4.800,00.
Entramos em contato com a assessoria de Kevi Jonny, para confirmar se a equipe tinha conhecimento das irregularidades e infrações. Em um primeiro momento, a resposta foi apenas "fake news. Temos todas as revisões". Quando reforçamos o registro das multas graves e gravíssimas, além da ausência de registro do cronotacógrafo, a assessoria respondeu que "como todo motorista". Por fim, disse que "o importante é que todos estão bem, com vida e sem nenhum ferimento grave".
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* Com informações de Estradas.com.br
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