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Mar avança e dezenas de carros e 'paredão' ficam atolados em praia do PA

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém

18/07/2022 20h41Atualizada em 19/07/2022 08h07

Dezenas de carros ficaram atolados na praia do Atalaia, em Salinópolis (PA), no início da noite de ontem. Até um aparelho de som de grande porte, um "paredão", ficou preso na areia durante a cheia da maré. A cena virou meme nas redes sociais porque acaba se repetindo durante o verão amazônico.

O que chamou a atenção desta vez foi a quantidade de veículos que atolou ao mesmo tempo. Os motoristas tentavam deixar a praia, mas a maioria não obteve sucesso.

O UOL entrou em contato com o Departamento de Trânsito no Pará para saber se há registro do número de carros envolvidos na situação, mas até o momento não houve retorno. A permanência dos veículos é permitida na faixa de areia, mas é preciso tomar cuidado com a maré no local.

Pelas imagens é possível perceber que há mais de uma dezena de veículos tentando sair pela única e estreita saída que existe no final da praia. O local é conhecido como um atalho.

No mesmo dia, pela manhã, uma carreta de som ficou atolada na areia, após o engate que a conectava ao carro do proprietário quebrar. Houve dificuldade para retirá-la da areia por conta do tamanho. O equipamento mede cinco metros de comprimento, 3 de largura e 3,30 m de altura.

"Tínhamos passado a noite na praia e o cabo quebrou pela manhã. Precisamos chamar o guincho, mas ele não teve força para retirar e foi preciso uma retroescavadeira para ajudar no trabalho", contou o proprietário, Lucas Magalhães.

Segundo Lucas, o som é novo e estava sendo usado pela primeira vez. Está avaliado em R$ 350 mil. "Apesar da cheia, a água só atingiu a parte de baixo e não houve nenhum prejuízo", comemora.

Ocorrências se repetem

O verão amazônico é a época do ano de maior movimento para os reboques da região. A proprietária de um deles conta que ontem recebeu cinco chamados para a praia do Atalaia.

"Foi no início da noite quando a maré estava enchendo. Os motoristas sempre acham que vai dar tempo de sair com o carro. Mas a gente sempre avisa que Salinas (como a cidade é conhecida) não é para principiantes", alerta Raimunda Eurides.

Ela conta que o movimento maior é sempre aos finais de semana, de sexta a domingo, que é quando há maior procura pelas praias da cidade, em especial a do Atalaia. "Por dia, a gente reboca de quatro a cinco carros no Atalaia".

O serviço, prestado por empresa no município vizinho de Capanema, pode chegar a custar até R$ 1.500.

"Se o reboque já estiver em Salinas e o transporte for para dentro da cidade pode ficar nos duzentos reais, mas se sair daqui para ir buscar, até quatrocentos. Mas se precisar levar para Belém, varia de R$1.400 a R$ 1.500", informa.