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FMI: Venda de carros saturou e deve enfrentar queda nos próximos anos

Fábrica - CHOO YOUN-KONG/AFP
Fábrica Imagem: CHOO YOUN-KONG/AFP

Do UOL

Em São Paulo (SP)

31/10/2019 14h14

Segundo especialistas do Fundo Monetário Internacional, as vendas de carro no mundo diminuirão em um nível alarmante para a indústria automotiva nos próximos anos. O setor já teve uma queda em 2018, e indicadores levam a crer que algo similar ocorrerá ao fim de 2019. Isso pode afetar diretamente a economia global.

A retração não era esperada pelos economistas do FMI, que apontam que a falta de vendas no mercado de carros representou 20% da desaceleração do PIB em 2018 e 30% do arrefecimento no comércio global. De acordo com os especialistas, isso ocorre devido a uma saturação de mercados importantes para o comércio de automóveis: os países desenvolvidos.

Isso vem ao lado de legislações cada vez mais rigorosas para limitar a emissão de poluentes em mercados importantes como a União Europeia e a China, o que faz as montadoras aumentarem seus gastos. Isso ainda vem acompanhado de um aumento de impostos sobre materiais para a construção de carros em locais como os Estados Unidos.

Outro fator que tem aumentado os custos para as fabricantes é a corrida para o desenvolvimento de carros elétricos e autônomos e as mudanças que isso acarreta para suas linhas de montagem.

Os efeitos da retração já começam a aparecer, com montadoras como Volkswagen e GM reduzindo suas expectativas de vendas e cogitando fechar fábricas. Empresas de peças, como a Continental, já diminuíram sua produção e enxugaram sua folha de pagamentos.

Dentro disso, países subdesenvolvidos não têm comprado carros como o esperado. Segundo o estudo, a expectativa era de que o poder aquisitivo nestas regiões aumentasse e se traduzisse em um aumento de vendas, o que não se concretizou.

Na Índia, as vendas de carro caíram 14% em relação ao ano passado, e na China as vendas desaqueceram em 12% em relação ao mesmo período.

Por fim, os serviços de compartilhamento de carros também são culpados pela queda nas vendas dos veículos pessoais em cidades muito populosas. Dentro disso, ainda há também de acordo com o FMI uma boa parcela dos consumidores preferindo esperar pelo maior desenvolvimento de novas tecnologias - como motores elétricos - para adquirirem carros novos.

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