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Carro elétrico se livra do Imposto de Importação a partir desta terça

BMW i3 é primeiro elétrico à venda no varejo, e atualmente custa R$ 209.950 Imagem: Murilo Góes/UOL

Leonardo Felix

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/10/2015 11h32Atualizada em 17/11/2017 20h11

A partir desta terça-feira (27), veículos de propulsão elétrica ou movidos a hidrogênio (tecnologia também conhecida como célula de combustível) não pagarão mais o chamado Imposto de Importação, alíquota de 35% cobrada para a entrada de automóveis importados no Brasil.

Conforme antecipado na última segunda (26) por UOL Carros, a medida seria publicada no Diário Oficial da União nesta terça. Ela tem vigência imediata, o que significa que as próximas unidades faturadas, de qualquer modelo que se encaixe nas características acima descritas, já se beneficiarão da isenção.

Nissan aguardava incentivos do governo para definir produção do hatch elétrico Leaf em Resende (RJ); falta agora ver se preço do dólar permitirá venda a preço competitivo Imagem: AFP - arquivo
Com o anúncio, a Anfavea (associação dos fabricantes) espera que o mercado nacional atinja em 2015, pela primeira vez, volume de 1.000 veículos com matriz energética alternativa emplacados em um só ano.

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Segundo a resolução 97/2015 da Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, serão contemplados com isenção total do II automóveis montados, semidesmontados (apenas com a carroceria pronta) e totalmente desmontados, o que também facilitará a produção local desses carros em sistema CKD (as peças chegam prontas e separadas do exterior).

A exigência é que o motor elétrico forneça autonomia mínima de 80 quilômetros, algo que praticamente todos os elétricos comercializados no mundo conseguem cumprir.

Atualmente, o único carro 100% elétrico vendido no varejo por aqui é o BMW i3, que parte de R$ 209.950. Em nota, a fabricante alemã afirmou ter "recebido a notícia de maneira muito positiva", mas adiantou que ainda está "avaliando os impactos da medida para a estratégia de negócios do i3". A intenção da marca, aliás, é fabricá-lo em Araquari (SC) entre 2017 e 2018, caso os incentivos permitam.

Outro elétrico que está perto do país é o Nissan Leaf, que já roda por aqui, por contrato de comodato, em frotas de táxis. À nossa reportagem, executivos da marca japonesa admitiram que a isenção do II representaria um grande avanço para a produção nacional do hatchback. "O preço precisa ser atrativo. Vamos seguir fazendo as contas", disse João Veloso Jr., diretor de comunicação da companhia.

Extensão para híbridos

Na mesma resolução a Camex estendeu o escopo de automóveis híbridos (com recarga externa ou não) contemplados com redução no Imposto de Importação. Desde outubro do ano passado, modelos com capacidade para levar até seis passageiros e munidos de motor a combustão entre 1 e 3 litros podem ter isenção total ou pagar tributação de 2% a 7%, de acordo com o nível de eficiência energética. Confira na tabela:

  • Automóvel desmontado; consumo de 0,01 MJ/km a 1,68 MJ/km: 0%
  • Automóvel semidesmontado; consumo de 0,01 MJ/km a 1,10 MJ/km: 0%
  • Automóvel montado; consumo de 0,01 a 1,10 MJ/km: 2%
  • Automóvel semidesmontado; consumo de 1,10 a 1,68 MJ/km: 2%
  • Automóvel desmontado; consumo de 1,68 a 2,07 MJ/km: 2%
  • Automóvel montado; consumo de 1,10 a 1,68 MJ/km: 4%
  • Automóvel desmontado; consumo de 1,68 a 2,07 MJ/km: 5%
  • Automóvel montado; consumo de 1,68 a 2,07 MJ/km: 7%

Por ela, é possível perceber que a resolução também visa a estimular a montagem local de híbridos, o que explica o interesse da Toyota em fazer no Brasil a nova geração do Prius, a partir de 2018. Além dele, são comercializados aqui os seguintes híbridos: Fusion Hybrid, Toyota Prius, Lexus CT200h e Outlander PHEV

 

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