Jeep melhora câmbio do Grand Cherokee Diesel e esquece do preço
Três meses após a apresentação da nova linha Grand Cherokee, com cara nova e motor a gasolina, a Jeep, uma das submarcas da Chrysler (agora controlada pela Fiat), apresentou na última semana a configuração a diesel do SUV norte-americano. Com visual renovado idêntico ao da versão a gasolina, o Grand Cherokee diesel tem pacote único de acabamento, Limited, por R$ 239.900 (!).
Na calculadora, está R$ 20 mil mais caro -- quase um Fiat Palio Fire 2014 -- que o modelo anterior vendido até o começo do ano. A configuração passa a atuar como topo da gama, uma vez que a opção a gasolina tem dois pacotes e preços mais baratos (R$ 185.900 para o Laredo e R$ 214.900 pelo Limited).
O QUE MUDA
A principal novidade do Grand Cherokee Diesel 2014 é o câmbio automático de oito marchas da alemã ZF -- o anterior utilizava uma transmissão de seis velocidades. O motor é o elogiado e conhecido V6 turbodiesel 3.0 de 241 cv (a 4.000 rpm) e 56 kgfm de torque (entre 1.800 e 2.800 rpm).
Segundo a Jeep, a nova caixa de transmissão, com recurso Eco Mode, melhora o consumo médio do carro em até 10% -- a autonomia máxima, garante a empresa, é superior a 1.400 quilômetros. De acordo com medições europeias, o consumo médio passou de 12 km/l para 13,3 km/l. No ciclo rodoviário, a fabricante afirma que o SUV é capaz de fazer 15,4 km/l. O tanque tem 93,1 litros.
A tração Quadra-Trac 2, 4x4 permanente, utiliza o sistema de gerenciamento de tração Selec-Terrain, que possui quatro modos de operação: lama (para terrenos muito acidentados e escorregadios); auto (sistema se adapta a qualquer condição); neve (tração é adaptada para oferecer melhor rendimento em pisos sem aderência); e pedra (caixa de transferência, diferenciais e acelerador são coordenados para oferecer o máximo controle em baixa velocidade).
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Entre os itens de série inéditos oferecidos pelo modelo 2014 estão um novo volante, quadro de instrumentos com tela em TFT de sete polegadas, tela multimídia de 8,4 polegadas no painel, GPS, leitor de bluray e duas telas traseiras de alta definição. A central multimídia, chamada de Uconnect pela Jeep, já oferecia entradas auxiliar, USB e SD e conexão Bluetooth desde o 2013. O sistema de som é da Alpine, com nove alto-falantes e um subwoofer.
(Confira o conteúdo completo do carro no final desta reportagem).
IMPRESSÕES
As mudanças, resumidas à nova caixa de câmbio, fizeram bem ao Grand Cherokee. Com maior número de marchas, o SUV consegue ser mais econômico sem perder potência ou força. O torque, que já impressionara em 2013, segue sendo o maior destaque do carro.
Já na parte offroad, os elogios são os de sempre: rampas, valetas, lama e pedras pareciam obstáculos simples.
No pacote do Grand Cherokee
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Praticamente R$ 240 mil
Valor pago pela versão a diesel
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Segurança
Nove airbags; freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e auxílio de emergência (prepara os freios quando o acelerador é liberado subitamente); ganchos Isofix para cadeirinhas; controles eletrônicos de estabilidade, de tração e de auxílio em descidas (HDC); controlador de velocidade; conjunto óptico com LED, faróis bixenônio, faróis e lanternas de neblina.
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Conforto
Ar-condicionado digital de duas zonas; sensor e câmera de ré; sistema multimídia (tela central, duas nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros, Bluetooth, USB, disco de 30 GB, nove alto-falantes e subwoofer); retrovisores elétricos rebatíveis e aquecidos; volante multifuncional e coluna com ajuste elétrico; banco do motorista aquecido com oito posições memorizáveis; e teto solar elétrico.