Chuva alaga barracões de escolas do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo
Thaís Sant'Anna e André Luís Nery
Colaboração para o UOL, em São Paulo
10/02/2020 18h01
Assim como muitos moradores da capital, ao menos duas escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo sofreram problemas por causa da chuva que atinge a cidade desde domingo, 9.
Entre as agremiações que confirmaram que foram afetadas pela chuva estão a Império de Casa Verde e a Rosas de Ouro. Imagens mostram ruas próximas aos barracões das duas escolas inundadas.
O diretor de Comunicação da Império de Casa Verde, Pedro Migliolli, afirmou ao UOL que, "embora a imagem externa seja assustadora, os danos causados pela chuva foram apenas de equipamentos elétricos, como máquina de solda e compressor".
"As fantasias e alegorias não foram afetadas. Nossas alegorias foram construídas com materiais que suportam a água. Claro que com aquele volume de água tivemos parte dos carros atingidos, porém nada que prejudique nosso desfile", disse Migliolli.
Em sua página no Facebook, a Rosas de Ouro informou que "devido às fortes chuvas que assolam a cidade de São Paulo desde a noite desse domingo, as ruas em torno da nossa quadra estão realmente alagadas".
"Os vídeos que circulam pelas redes são reais. No entanto todas as medidas cabíveis foram tomadas e a situação, até o momento, está sob controle", acrescentou no comunicado a Rosas de Ouro.
A Pérola Negra foi outra escola atingida pelas fortes chuvas. A presidente Sheila Monaco disse que barracão localizado sob o viaduto Mofarrej, na Vila Leopoldina, foi alagado, mas ainda não foi possível avaliar os estragos.
"Com a chuva constante na cidade de São Paulo e o nível da água ainda alto, não conseguimos avaliar as perdas em nossas fantasias e alegorias. Em breve daremos mais informações", afirmou Sheila, destacando que os funcionários foram resgatados e ninguém se feriu.
Outras agremiações, porém, informaram ao UOL que não sofreram problemas com a chuva. Foram os casos da Tom Maior, Mancha Verde, Acadêmicos do Tatuapé e Unidos de Vila Maria.
Funcionários perdem colchão, roupas e alimentos
"No nosso caso, não tivemos nenhum problema de barracão, em fantasia, alegoria para o Carnaval. No entanto, o alojamento dos funcionários alagou e eles perderam muita coisa. Colchão, roupas, alimentos", informou a assessoria de imprensa da Tom Maior.
Segundo a escola, o alojamento fica no Bom Retiro, próximo à favela do Gato, e abrigava 28 funcionários. Todos estão bem, sem ferimentos.
A Tom Maior está fazendo uma mobilização de doação de roupas e alimentos para eles. Quem quiser doar deve deixar roupas e alimentos no barracão da escola ou na Fábrica do Samba.
A Acadêmicos do Tatuapé também não teve danos "Levamos todos os carros ao Anhembi no sábado. E nosso barracão é na Fábrica do Samba, não houve nenhum dano por lá", disse o assessor da escola.
Mancha Verde e Vila Maria apenas responderam que não tiveram nenhum dano devido à chuva. O UOL também procurou as demais escolas do Grupo Especial, mas ainda aguarda retorno.