Mariana Ferrão: O que não falar para alguém que tem compulsão alimentar

A compulsão alimentar é um distúrbio que causa a necessidade de comer grandes quantidades de alimentos de forma impulsiva e rapidamente, em intervalos curtos. Depois, a pessoa se sente culpada e triste por ter comido, como desabafou recentemente a modelo Yasmin Brunet, 35, participante da atual edição do BBB.

O comentário que a sister ouviu do cantor Rodriguinho, 45, porém, é um exemplo de "comportamento absolutamente equivocado" diante dessa situação, afirma Mariana Ferrão no episódio desta segunda-feira (29/01) do quadro 'Mari vs Mari'. A jornalista especializada em saúde deu dicas sobre o que falar e o que não dizer para alguém que sofre com o problema.

Rodriguinho condenou em rede nacional o comportamento compulsivo de Yasmin nas refeições e os efeitos que teriam no corpo dela. Ele disse que, se a modelo continuasse comendo, "sairia rolando" do programa. "Essas vozes todas que a gente escuta por aí, dizendo bobagem, é bom a gente saber o que dizer e o que não dizer", analisa Ferrão.

A jornalista compartilhou três recomendações de especialistas sobre como ajudar uma pessoa que sofre com a compulsão alimentar. Veja a seguir:

1. Não julgue. Assuma a sua ignorância. Mantenha-se curioso e curiosa sobre essa pessoa, sem condenar nem julgar a atitude que ela está tendo. Mariana Ferrão

2. Não faça comentários sobre o corpo da pessoa. "Outra coisa que é recomendada a não fazer é, quando você encontrar essa pessoa, não ficar reparando, por exemplo, ou fazendo comentários a respeito do peso dela. 'Nossa, você emagreceu', 'nossa, você engordou'", diz Ferrão.

Até em relação ao emagrecimento, você pode pensar 'poxa, mas a pessoa tá querendo emagrecer, se eu disser que ela emagreceu, ela vai ficar feliz. Não. Porque você tá relembrando essa pessoa de algo que é muito difícil pra ela e quando a gente fala 'ah, isso é coisa da sua cabeça', a gente está menosprezando o problema. Mariana Ferrão

3. Esteja presente. Uma das coisas mais importantes é a gente estar presente, é a gente dizer 'estou aqui com você', 'cê quer me dizer como é isso pra você?', e respeitar a decisão da pessoa. Se a pessoa não quiser te contar, não quiser te falar nada, apenas fique perto, fique do lado oferecendo ajuda. Mariana Ferrão

Caso você se identifique com os sintomas de um transtorno alimentar, procure apoio e ajuda profissional o quanto antes. No Brasil, há diversos programas disponíveis, vinculados às universidades públicas, que oferecem apoio psicológico e orientação profissional gratuita.

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Com vídeos novos toda segunda e quarta, 'Mari vs Mari' é um quadro do perfil do Instagram de VivaBem (@vivabem_uol), em que a jornalista Mariana Ferrão tem debates internos e compartilha relatos pessoais e estratégias para cuidar da saúde mental.

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