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Companheiro é preso suspeito de matar analista aposentada do TCE-RJ

Clodoaldo Queiroz, conhecido como 'Gustavo', ao lado de Karen Mancini Imagem: Reprodução/TV Globo

De Universa, em São Paulo

23/04/2024 22h57Atualizada em 24/04/2024 07h08

Um homem de 41 anos foi preso suspeito de matar a ex-companheira, uma analista aposentada do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), de 39 anos, no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

Companheiro de Karen foi preso na segunda-feira (22). Clodoaldo Queiroz, conhecido como "Gustavo", foi detido pela Polícia Militar ao tentar embarcar em um ônibus com destino à cidade do Rio de Janeiro. Ele foi levado à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) do município.

Karen Mancini foi encontrada morta por policiais militares no sábado (20). A irmã de Karen, Caroline, contou em relato nas redes sociais que recebeu a informação do óbito da irmã por um PM e que avisou que ela sofria violência doméstica "há algum tempo". De acordo com Caroline, Karen se relacionava com o companheiro havia cinco anos. Segundo o relato de um policial à irmã da vítima, vizinhos disseram que brigas entre o casal eram constantes e no dia do crime eles tinham discutido.

Gustavo chegou a ser conduzido à delegacia logo após o crime. Porém, ele foi ouvido e liberado, mesmo após Caroline enviar à polícia informações que comprovariam que Karen era vítima de violência doméstica.

A Polícia Civil diz que investigações do caso seguem em andamento.

Karen foi enterrada na segunda-feira (22) em um cemitério da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.

Laudo apontou mais de cem lesões no corpo da vítima, diz irmã

Perícia apontou que causa da morte de Karen foi por traumatismo cranioencefálico causado por objeto contundente. "O laudo cadavérico da minha irmã constatou — salvo engano — 114 ou 124 lesões no corpo dela e menciona tortura. Então, assim, foi um crime brutal. Eu não consigo fechar meus olhos, o tempo todo eu penso o que ela sofreu para morrer. Que morte sofrida, que morte violenta, isso foi uma tortura, isso não pode ficar em impune", disse a irmã da vítima ao RJ2, da TV Globo.

Irmã diz que família e amigos conversavam com Karen ao longo do relacionamento e sugeriam que ela se separasse de Gustavo. "Mas ela acabava afastando os familiares porque ela achava que, em alguns momentos, ele era bom para ela. Isso confundia ela, principalmente, porque ela sofria de depressão após a perda dos nossos pais, em 2018".

Vítima tinha conseguido medida protetiva em novembro de 2023. Na ocasião, ela denunciou o relacionamento abusivo, se separou, saiu de um município do Rio de Janeiro e foi para Lumiar. Menos de dois meses depois, o homem conseguiu convencer a vítima a reatar o relacionamento com ele, segundo a família de Karen.

TCE-RJ disse lamentar a morte prematura da servidora aposentada. "Nos solidarizamos com seus familiares e amigos. O Tribunal manifesta o seu repúdio pela forma violenta com que a servidora partiu e expressa sua confiança na Justiça".

Como denunciar violência

Caso a vítima tenha sofrido violência sem ferimentos graves, ela pode recorrer imediatamente à Delegacia da Mulher, se existir essa unidade em seu município, ou a delegacia de Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência.

Quando houver ferimentos graves, com necessidade de pronto atendimento, a unidade de saúde ou hospital deverá fazer o encaminhamento ou orientar a paciente para que procure a delegacia de polícia. Na maioria dos casos com internamento, o próprio hospital confirma a violência e avisa a Polícia Civil.

Disque 190

Deve ser acionado em caso de flagrante ou em que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento.

Disque 181

Pode ser usado para denunciar anonimamente a violência. As informações serão conferidas pela polícia.

Disque 180

A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas. A ligação é gratuita, anônima e disponível em todo o país.

Ministério Público

Acesse o site do Ministério Público do seu estado e saiba qual a melhor forma de fazer a denúncia. Alguns estados possuem, inclusive, núcleos de gênero especializados em atender mulheres vítimas de violência.

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