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Menina de 8 anos tem cabelo cortado enquanto dormia no transporte escolar

Caso aconteceu no transporte escolar da rede municipal de Rio Largo, na Grande Maceió Imagem: arquivp pessoal

Ed Rodrigues

Colaboração para Universa

21/02/2022 16h31

A mãe de uma aluna de escola pública de Alagoas afirmou que a filha teve os cabelos cortados dentro da condução escolar, em Rio Largo, na Grande Maceió. Segundo a mãe, a cabeleireira Karlla Santos, a estudante de 8 anos dormia quando foi atacada por um menino com uma tesoura. Revoltada com a agressão, Karlla gravou um vídeo no qual mostra o estrago que foi feito.

No registro feito pela mãe é possível notar partes faltando no cabelo da menina. Assim que percebeu o resultado da violência, Karlla buscou a direção da Escola Professor Antônio Lins de Souza para cobrar providências.

A estudante passou a usar a condução pública na semana passada, pouco depois do início das aulas. Na última quinta-feira (17), quando a menina chegou em casa, a mãe e a irmã mais velha perceberam que o cabelo dela estava picotado.

"Minha filha dormiu no ônibus e não viu o que fizeram. Ela só viu, quando acordou, duas meninas olhando para ela e rindo, mas não sabia o porquê daquilo. Quando chegou em casa, queria ir à pracinha, e eu fui prender o cabelo dela. Foi quando vi que tinham cortado", disse.

"Tentei falar com a diretora várias vezes. Liguei, mandei mensagens e, depois muito insistir, ela disse que iria investigar, mas disse que não era responsabilidade da escola porque ocorreu no ônibus. Não gostei dessa postura porque tanto motorista quanto o monitor são responsabilidades da escola", disparou a mãe da estudante.

A diretora, segundo a mãe, só deu atenção à denúncia quando a irmã mais velha da estudante foi até o colégio e ameaçou abrir um processo judicial. "Foi só depois disso que ela disse que iria investigar", destacou a cabeleireira.

Prefeitura da cidade diz que está investigando o caso

Universa tentou contato, por telefone, com a diretora da instituição, Sueli Medeiros, mas ela não atendeu às ligações. A reportagem insistiu no contato, dessa vez por aplicativo de mensagens, e questionou sobre onde estava o monitor do ônibus enquanto a criança tinha o cabelo cortado sem nenhuma intervenção. Perguntou também se não há controle para evitar que as crianças levem objetos cortantes nas mochilas, como tesouras. As mensagens foram todas visualizadas mas, até a publicação deste texto, não houve resposta.

Após a agressão, a menina agora se recusa a voltar à escola. A mãe alega que a violência deixou a filha traumatizada e que o posicionamento do colégio não foi suficiente.

"Ela ficou bastante triste. A gente conversou muito, e ela foi melhorando mais. Mas não quer mais ir para as aulas, muito menos no ônibus. A diretora me disse que a criança que fez isso vai ter um acompanhamento psicológico, que vão proibir todas as crianças de levarem tesouras e que iriam conversar com elas sobre comportamento agressivo. Mas teria que se pensar mais para que outros casos não ocorram", ressaltou.

Universa procurou a Prefeitura de Rio Largo. Por meio de nota, o órgão disse que está investigando a denúncia e que já entrou em contato com a família da menina para solucionar o caso. Afirmou "que todos os ônibus escolares do município de Rio Largo possuem monitor escolar para levar os alunos com segurança até as unidades de ensino". "Salientamos ainda o compromisso com os alunos da rede municipal, e reiteramos à disposição da equipe da Semed [Secretaria Municipal de Educação] para solucionar o ocorrido junto à família", afirmou.

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