Astrônomos descobrem a estrela de nêutrons mais massiva da história
Do UOL, em São Paulo
16/09/2019 18h14
Um grupo de astrônomos revelou a descoberta do exemplar mais massivo de uma estrela morta transformada em estrela de nêutrons. Segundo o estudo da Universidade da Virginia, ela seria quase massiva demais para existir.
A descoberta foi batizada de J0740 + 6620, fica a cerca de 4.600 anos-luz da Terra.
Estrelas de nêutrons são cadáveres de estrelas que morreram em grandes explosões, que são chamadas de supernovas. Quando uma estrela se torna uma supernova, ela perde o controle de sua própria força gravitacional.
Quanto mais massa restar, mais chance de essa supernova se transformar em um buraco negro. Já, caso ela não seja massiva o suficiente, ela se torna uma estrela de nêutrons.
Neste caso, a gravidade não é tão forte para consumir a luz, mas ainda é potente o bastante para esmagar prótons e elétrons e transformar tudo em nêutrons — daí o nome do fenômeno.
Em geral, as estrelas de nêutrons são pequenas, com cerca de 19 quilômetros. Mas isso faz com que elas sejam extraordinariamente densas, tendo quase a mesma massa que o sol.
Os cientistas estudam esse objeto há anos, mas as respostas ainda são poucas. Justamente por isso, o estudo gera empolgação.
"Não sabemos do que elas são feitos e uma pergunta realmente importante é: 'Qual a massa que você consegue fazer com uma dessas estrelas?' Isso tem implicações para materiais muito exóticos que simplesmente não podemos criar em um laboratório na Terra ", afirmou a co-autora do estudo Maura McLaughlin.