Matemáticos projetam Alemanha campeã e Brasil em terceiro na Copa
A Alemanha é o país com mais chances de ser campeão na Copa do Mundo de 2018, de acordo com modelo estatístico desenvolvido por pesquisadores do ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP em São Carlos e do CeMEAI (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
A Espanha ficaria em segundo e o Brasil em terceiro, vencendo a Bélgica na disputa pelo terceiro lugar.
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Os modelos desenvolvidos levam em consideração informações objetivas e subjetivas. “Utilizamos o conhecimento de especialistas nas análises e também informações exatas, como o ranking da Fifa”, disse Francisco Louzada, professor no ICMC e um dos coordenadores do CeMEAI, que também é presidente da Associação Brasileira de Estatística.
“Essa é a grande vantagem do modelo. Você pode incorporar as opiniões de especialistas para tentar obter resultados mais fiéis à realidade”, disse Adriano Suzuki, também do ICMC e do CeMEAI.
O modelo usa essas informações para gerar uma previsão dos resultados: quais as chances de cada time passar da primeira fase e ir avançando, etapa por etapa, até a final? Quando os jogos começam, as contas são atualizadas a cada rodada, levando em conta os placares definidos e outras situações relevantes, como um jogador importante que se machucou, por exemplo.
O projeto de previsão esportiva também é interativo. Qualquer pessoa pode entrar no site do projeto para palpitar sobre os resultados da primeira fase da Copa do Mundo e gerar novas probabilidades a partir desses palpites.
Para esta Copa do Mundo, as projeções mostram que a Alemanha tem 17,39% chances de ser campeã; a Espanha 15,64% e o Brasil 12,93%. Os três times têm 46% de possibilidade de ficar com o título.
A Argentina, com 6,87% de chances de sagrar-se campeã, seria desclassificada nas quartas de final. Todos os resultados estão detalhados no site do projeto, que também analisa outros campeonatos de futebol.
Para fazer toda a estruturação do modelo, o grupo de previsão esportiva conta com pesquisadores da USP, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
“Fazem parte alunos de graduação, de mestrado e de doutorado, que, ao longo desse período, entraram e saíram, concluíram o curso, alunos que fizeram IC e alunos de pós que têm interesse em trabalhar no tema”, disse Suzuki.
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