No Mobile World Congress, EUA reiteram acusações contra a Huawei
Barcelona (Espanha), 26 fev (EFE).- O Departamento de Estado dos Estados Unidos aproveitou a realização do Mobile Word Congress (MWC), em Barcelona, para reforçar os ataques contra a empresa chinesa Huawei, acusada de espionagem pela Casa Branca.
A diplomacia americana está pressionando países aliados, provedores de internet e serviços de internet sem fio para evitar a Huawei, maior fabricante de equipamentos de telecomunicações e segunda maior produtora de smartphones do mundo, dizendo que a China pode desabilitar as redes ou usá-los para praticar espionagem.
Em declarações a jornalistas no MWC, o subsecretário-adjunto para a Comunicação Internacional e a Cibercomunicação do Departamento de Estado, Robert Strayer, afirmou que a decisão final é de cada país.
No entanto, apontou "riscos" de comprar produtos da Huawei.
"Você quer ter um sistema que está potencialmente comprometido pelo governo chinês ou apostar uma alternativa mais segura?", questionou o representante americano no congresso.
Mais cedo, o presidente rotatório da Huawei, Guo Ping, criticou as acusações "sem evidências" feitas pelo governo americano sobre a segurança da tecnologia 5G desenvolvida pela empresa.
"Elas não fazem sentido", resumiu o executivo.
Strayer disse que, apesar das críticas da Huawei, os governos com os quais conversou "estão entendendo" a postura americana sobre os riscos de segurança da tecnologia da empresa.
"Sabemos que a empresa Huawei, em particular, foi desonesta", afirmou o funcionário do Departamento de Estado, sem responder aos pedidos dos jornalistas para que apresentasse provas.
O subsecretário-adjunto afirmou que a Ericsson e a Nokia serão as responsáveis por instalar a rede de tecnologia 5G nos EUA.
A crise da Huawei, acusada de espionagem industrial e fraude bancária nos EUA, atrapalha os planos da empresa de se apresentar no MWC como um aliado tradicional das operadoras europeias. EFE
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