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Empresa chilena pretende levar próteses 3D para áreas remotas do mundo

31/10/2016 06h24

Amaya Quincoces Riesco.

Madri, 31 out (EFE).- Divulgar em áreas remotas do mundo o uso de próteses de extremidades humanas, fabricadas em 3D e a baixo preço, é o desafio de uma empresa chilena que começou a distribuir seus produtos em países da América Latina.

A prótese faz parte de uma plataforma de telecontrole médico para a supervisão do paciente submetido à reabilitação, explicou à Agência Efe América Silva, fundadora da empresa chilena TakeaHand, que desenvolve o produto.

Esta empresa emergente, que conta com especialistas em ergonomia, biomecânica, engenharia, biomodelagem, impressão e tecnologias 3D, acaba de ser agraciada pelo governo israelense como uma das companhias emergentes mais inovadoras do mundo.

Com apenas uma tela e conexão com a internet de qualquer lugar do mundo, o usuário da prótese pode ser diretamente assessorado por um médico no uso do aparelho, e "isso é uma grande novidade neste âmbito", disse Silva.

O preço desta prótese biomecânica sem dispositivos eletrônicos e que se adapta confortavelmente ao extremo do membro amputado ronda os US$ 4.000, enquanto as mais vendidas atualmente no mercado custam entre US$ 15.000 e US$ 20.000.

Os responsáveis da empresa procuram parceiros no mundo para espalhar esta solução, vendida até o momento no Chile, Venezuela e Costa Rica.

Com as autoridades de Málaga (cidade da Andaluzia, sul da Espanha) mantiveram recentemente contatos com o objetivo de analisar se seria viável a implantação desta prótese de baixo custo em território espanhol.

Atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas precisam de alguma prótese, e a causa principal de amputação de alguma extremidade corporal é o diabetes, lembram os responsáveis da TakeaHand.

Para o futuro, as previsões apontam que, até 2030, essas necessidades triplicarão.

No caso da prótese de perna desta empresa se inclui um sistema de escalação do pé moldável à forma de caminhar do usuário e amortecimento no calcanhar, para evitar lesões de joelho frequentes com outras prótese mais rígidas, explicam seus responsáveis.

Já foi patenteado o pé articulado que imita o andar da pessoa, de cujo projeto participaram médicos, desenvolvedores e o próprio usuário. Embora esta prótese seja mais leve que outras biomecânicas no mercado, resiste pesos de até 150 quilogramas e o desafio é superar esse número.

Em relação ao braço protético, uma de suas vantagens é sua cômoda ativação movimentando ligeiramente o ombro do mesmo lado do corpo, enquanto outros produtos biomecânicos são controlados com movimentos do ombro inverso.

Sua mão tem cinco dedos com um polegar de oposição para agarrar melhor os objetos.