Egito revela porto com os 40 papiros mais antigos já encontrados
Uma equipe de arqueólogos descobriu no Egito um porto histórico no litoral do Mar Vermelho com os papiros mais antigos já encontrados até hoje, informou nesta quinta-feira (10) o Ministério de Estado para as Antiguidades em comunicado.
O porto, que remonta à época do faraó Quéops, o segundo rei da 4ª dinastia que reinou há mais de 4.500 anos, fica na zona de Wadi al Gurf, a 180 quilômetros ao sul da cidade de Suez, no leste do Egito.
Nele, estão 40 papiros com hieróglifos que documentam a vida cotidiana dos egípcios, alguns datados do ano 27 do reinado de Quéops.
O ministro egípcio para as Antiguidades, Mohammed Ibrahim, explicou que esses textos incluem registros mensais com o número de trabalhadores no porto e oferecem detalhes sobre suas vidas. Os documentos foram levados ao Museu de Suez para que sejam estudados.
O arqueólogo francês Pierre Tallet, diretor da equipe francesa que ajudou nas escavações, acrescentou que nos papiros se reflete o estilo de vida dos cidadãos na antiguidade, seus direitos e suas obrigações.
O porto, aonde chegavam embarcações com bronze e metais procedentes da Península do Sinai, tem um píer onde foram descobertas várias âncoras de pedra.
Além disso, há restos de quartos nas quais se alojavam os trabalhadores do porto e 30 cavernas escavadas na rocha, junto a blocos de pedra empregados para fechá-las com o nome de Quéops escrito em tinta vermelha.
Também foram encontradas cordas de embarcações e ferramentas usadas para cortá-las.
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