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Mundo perdeu 10 hectares de floresta por minuto entre 1990 e 2005, revela FAO

Em Roma

30/11/2011 15h47

O mundo perdeu em média 4,9 milhões de hectares por ano entre 1990 e 2005, ou 10 hectares por minuto, segundo estudo baseado em imagens de satélite divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O documento relata que a área florestal do planeta em 2005 era de 3.690 milhões de hectares, ou seja, 30% da superfície terrestre. Desde 1990, essa área diminuiu 72,9 milhões de hectares.

Outra das conclusões do documento é que a perda de área verde se acelerou com o passar do tempo, já que foi de 4,1 milhões de hectares ao ano, entre 1990 e 2000, para 6,4 milhões de hectares, entre 2000 e 2005.

Os novos dados também indicam que a taxa de desmatamento do mundo, baseada fundamentalmente na conversão de florestas tropicais em áreas agrícolas, foi em média de 14,5 milhões de hectares ao ano, isso entre 1990 e 2005.

"O desmatamento está privando milhões de pessoas de bens e serviços florestais decisivos para a segurança alimentar, o bem-estar econômico e a saúde ambiental", advertiu o diretor-geral adjunto do Departamento Florestal da FAO, Eduardo Rojas.

O diretor comentou que as novas tecnologias dos satélites possibilitam um estudo mais eficiente da evolução das florestas do mundo. Ele ressaltou a necessidade dos países resolverem "com urgência a perda de valiosos ecossistemas florestais".

O estudo também evidência as "notáveis diferenças regionais" no desmatamento. Entre 1990 e 2005, a perda de florestas foi maior nas zonas tropicais, onde quase metade das áreas verdes já foi perdida.

A maior taxa de desmatamento ocorreu na América do Sul, seguida da África. Apesar de ter ocorrido desmatamento em todas as regiões, a Ásia foi o único Continente que ganhou novas áreas verdes, em consequência da extensiva plantação registrada em vários países.

Nas zonas subtropicais, temperadas e boreais, o estudo registrou um pequeno aumento da superfície florestal durante os 15 anos do período de estudo.

Segundo a FAO, os novos resultados são de grande importância para os países elaborarem suas políticas de uso da terra e prevenção ao desmatamento.