América Latina na COP21: entre justiça ambiental e responsabilidade histórica
Abaixo, as principais declarações dos líderes da América Latina.
- Por um acordo -Juan Manuel Santos, Colômbia: "Nosso desafio é alcançar um acordo juridicamente vinculativo global, que mais do que um produto da diplomacia é uma conquista da humanidade. Nós não vamos aceitar qualquer tipo de acordo".
Enrique Peña Nieto, México: "Esta COP21 deve ser um divisor de águas para o mundo, devemos fazer uma transição para economias baixas em emissões de carbono".
Horacio Cartes, Paraguai: "Mudemos a história (...) Temos a responsabilidade de preservar o patrimônio natural para as novas gerações".
Ana Helena Chacón Echeverría, vice-presidente da Costa Rica: "É necessário sonhar com um protocolo vinculante para todas as partes".
- Responsabilidade comum mas diferenciada -Evo Morales, Bolívia: "Os países que têm maior responsabilidade histórica devem reduzir drasticamente suas emissões com compromissos vinculantes, sujeitos a monitoramento, com justiça internacional, sem mercados de carbono".
Danilo Medina, República Dominicana: "O peso da responsabilidade histórica do aquecimento global continua estando sobre os ombros dos países plenamente desenvolvidos".
Michelle Bachelet, Chile: "Os países desenvolvidos são os chamados a exercer um claro compromisso verdadeiro e vinculante".
Ollanta Humala, Peru: O acordo de Paris "deve ser equitativo (...) com objetivos comuns de transparência e obrigação e flexibilidade aos países em vias de desenvolvimento".
Amado Boudou, vice-presidente da Argentina: "Os países devem poder determinar livremente em quais setores executar a redução dos gases de efeito estufa".
- Justiça ambiental -Rafael Correa, Equador, ao propor uma corte internacional de justiça ambiental: "Nada justifica que temos tribunais para proteger investimentos (...), mas não para proteger a natureza".
Evo Morales, Bolívia: "Compartilho totalmente as palavras do presidente Correa; se há tribunais para defender o petróleo, por que não pode haver um tribunal para defender a Mãe Terra?".
Dilma Rousseff, Brasil: A criação de um tribunal de crimes ambientais "é uma boa proposta, mas não acredito que seja uma boa proposta agora, já que não seria factível e tem que ser negociada por todos os países".
- Transferência de tecnologia -Rafael Correa, Equador: "O crescimento ilimitado é (...) sobretudo impossível porque a tecnologia e a eficiência ampliam os limites, mas não os eliminam".
Dilma Rousseff, Brasil: Os três pontos fundamentais para permitir um acordo são "financiamento", "transferência de tecnologia" de países desenvolvidos para países em desenvolvimento e "capacitação".
Amado Boudou, vice-presidente da Argentina: "Facilitar p acessp a novas tecnologias e financiamento de criação de capacidades para os países em desenvolvimento".
bur-tjc/ltl/lmm./mm
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