Manifestantes muçulmanos na Indonésia acusam Facebook de discriminação
Por Kanupriya Kapoor
JACARTA (Reuters) - Várias centenas de muçulmanos indonésios protestaram nesta sexta-feira do lado de fora dos escritórios do Facebook em Jacarta, acusando a rede social gigante de discriminação por bloquear algumas páginas operadas por grupos linha-dura por supostamente disseminarem o ódio.
Os manifestantes, muitos vestidos de branco e incluindo membros do grupo linha-dura Frente Defensores Islâmicos (FPI, em inglês), marcharam de uma mesquita até o escritório do Facebook na capital do maior país de maioria muçulmana do mundo.
"Queremos lembrar o Facebook que permaneça neutro e equilibrado", disse Slamet Maarif, porta-voz da FPI, a repórteres.
"Há muitas contas que disseminam o ódio sobre o Islã, que são autorizadas a operar. Há contas que falam sobre ajuda humanitária islâmica, essas estão bloqueadas", afirmou, acrescentando que o grupo ainda planeja usar o Facebook e abrir novas contas.
O Facebook informou que sua política é apagar conteúdo que viole padrões da comunidade.
"Nossos padrões da comunidade são feitos para impedir organizações ou indivíduos de propaguarem discurso de ódio ou violência contra aqueles que têm visões diferentes", afirmou representante da companhia, que pediu para não ser identificado.
O porta-voz do Ministério de Comunicações da Indonésia, Semuel Pangerapan, disse: "Nunca pedimos que as contas da FPI fossem fechadas."
Alguns grupos islâmicos na Indonésia usam mídias sociais extensivamente e a FPI normalmente tem cerca de 100 contas no Facebook, bem como em outras plataformas como o Twitter.
A manifestação desta sexta-feira foi pacífica, embora mais de 1.200 policiais tenham sido destacados para proteger os escritórios do Facebook, de acordo com a mídia.
Os indonésios são vividos usuários de redes sociais e o Facebook tinha 115 milhões de usuários no segundo trimestre de 2017, informou a mídia local citando o gerente da rede no país. A Indonésia ocupa a quarta posição no ranking global de usuários da plataforma, atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil.
(Reportagem adicional de Cindy Silviana)
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