EUA aprovam pílula digital que monitora ingestão por paciente
(Reuters) - Uma agência reguladora dos Estados Unidos aprovou a primeira pílula digital com um sensor interno que indica se o paciente está tomando o medicamento corretamente, um passo significativo na convergência entre tratamentos de saúde e tecnologia.
O medicamento é uma versão do Abilify, remédio consagrado da Otsuka Pharmaceutical para esquizofrenia, bipolaridade e depressão, que contém um mecanismo de rastreamento desenvolvido pela Proteus Digital Health.
O sistema oferece aos médicos uma maneira objetiva de avaliar se os pacientes estão ingerindo as pílulas de acordo com a posologia, o que inaugura uma nova maneira de se monitorar a adesão a tratamentos que pode ser usada em outras áreas terapêuticas.
As ações da Otsuka subiram 2,5 por cento nesta terça-feira em reação à liberação pela Food and Drug Administration (FDA), agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA, na noite de segunda-feira.
A FDA disse que poder rastrear a ingestão de remédios indicados para doenças mentais pode ser útil "para alguns pacientes", embora a capacidade da pílula digital de melhorar a adesão dos pacientes aos tratamentos não tenha sido comprovada.
"A FDA apoia o desenvolvimento e o uso de novas tecnologias para drogas prescritas e está comprometida a trabalhar com empresas para entender como a tecnologia pode beneficiar pacientes e médicos", disse Mitchell Mathis, do Centro de Avaliação e Pesquisa de Drogas da FDA.
O sistema funciona enviando uma mensagem do sensor da pílula a um receptor usado no corpo, que em seguida transmite a informação a um aplicativo para que o paciente possa monitorar a ingestão do medicamento em seu smartphone.
Com o tamanho aproximado de um grão de sal, o sensor não tem bateria nem antena e é ativado quando o suco gástrico o umedece. Isso fecha um circuito entre revestimentos de cobre e magnésio dos dois lados, o que gera uma pequena carga elétrica.
A longo prazo, tais pílulas digitais também podem ser usadas para acompanhar pacientes com outras rotinas de medicamentos complicados, como aqueles que sofrem de diabetes ou doenças cardíacas.
(Por Vibhuti Sharma e Ben Hirschler)
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