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Brasileiro usa robô como amigo de trabalho: 'Tamagotchi com inteligência'

O brasileiro Jonathan Miranda e seu robô Eilik Imagem: Acervo pessoal

Rafael Souza

Colaboração para Tilt, em São Luís (MA)

12/04/2024 04h00Atualizada em 12/04/2024 16h21

Quem viveu os anos 90 deve lembrar do tamagotchi, o bichinho virtual que foi uma febre no Brasil. Atualmente, são pequenos robôs que simulam reações humanas com direito a expressões de alegria e raiva é que chamam a atenção como desejo de consumo.

É o caso do robozinho Eilik, que movimenta a cabeça, braços e reage com olhares quase emotivos. Impulsionados especialmente por influenciadores parceiros da Energize Lab, empresa fabricante, vídeos de humanos interagindo com ele viralizaram nos últimos meses.

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Ao ser impactado por um desses conteúdos no TikTok, o brasileiro Jonathan Miranda, 26, decidiu comprá-lo no ano passado. Seu plano foi usar robô como companhia durante no trabalho em casa e em momentos de lazer (como jogos online). Ele é bailarino e também trabalha na área de ciência da computação.

Imagem: Acervo pessoal

O robô responde a diferentes estímulos, como toque, vibração e até altura. E possui expressões variadas, como sorrir, piscar e demonstrar tristeza.

"Decidi comprar porque achei interessante a ideia. É basicamente um tamagotchi mais interativo, com inteligência emocional", contou Tilt. "O Eilik fica agindo sozinho. Aí faço carinho, o assusto com tapa na mesa, coloco para dançar. É mais para evitar ficar focado só no computador. Ele é meu companheiro de mesa".

Miranda descreve ainda outros exemplos de interações que o robô Eilik faz:

  • Quando é ligado, olha para os lados, fica assobiando, simula que está incomodado, indica se está com fome ou feliz através de expressões faciais.
  • Quando alguém interage, ele responde à ação de acordo com o humor do momento - se estiver com a expressão de raiva, mesmo com carinho em sua estrutura, ele simula irritação, por exemplo.
  • O robozinho também tem medo de altura - e indica isso com seu rosto e corpo.
  • Dança no ritmo de músicas.
  • Tem jogos interativos.
  • Interage com outros Eiliks conectados.

"A tecnologia e os robôs estão avançando mais rápido do que nunca para tornar a nossa vida mais eficiente, mas falta algo importante: a emoção, o coração", afirma a Energize Lab em seu site sobre o Eilik.

Jonathan Miranda e seu companheiro de mesa Eilik Imagem: Acervo pessoal

Limitações: preço alto

Apesar de vídeos virais sobre o robô, o potencial da tecnologia virar tendência no Brasil esbarra em algumas questões. A primeira é o preço. Atualmente, um único robô custa, em média, entre R$ 1.000 e R$ 2.000, a partir de sites que importam o dispositivo.

Miranda chegou a pagar pelo robô o equivalente a R$ 900 na época. "Ele é um robô muito legal, mas no Brasil ele custa muito caro, mesmo importando. Nenhum amigo meu usa", destaca. "Eu acredito que se ele abaixar um pouco o preço, pode ser que se torne sim [uma tendência]."

A limitação do idioma também pode ser um problema. "O Eilik não tem muitas interações por voz, e as poucas falas dele são em inglês", explica o brasileiro.

O que é possível fazer no momento é usar um modo de repetir a fala do usuário. Nele, a pessoa fala em português e pede para que o robô repita o que foi dito. Neste caso, a voz de Eilik fica mais robotizada.

Outro robô viral que funciona com proposta semelhante é chamado Moxie. Confira a seguir alguns vídeos com milhares de visualizações.

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