Topo

Página da cantora Negra Li é hackeada com mensagens racistas

Reprodução
Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/07/2016 18h17

A cantora Negra Li tornou-se nesta segunda-feira (7) em mais uma vítima de racismo na internet. A página oficial da rapper foi invadida na tarde de hoje e o conteúdo original foi substituído pela foto de um macaco acompanhada por mensagens racistas. O site chegou a ficar fora do ar e, por volta das 18h, estava com a visualização normalizada.

As ofensas se estenderam à descrição do site no Google. Basta digitar a palavra "Negra Li" no buscador para se deparar com a seguinte mensagem: "Negra Li você foi hackeada sua macaca (...)".

Site_Negra Li - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

De acordo com a própria mensagem, a autoria do ataque seria do usuário "Rbx Hacker", que fez questão de compartilhar a sua conta no Twitter.

O UOL Tecnologia procurou a cantora, que, até o momento, não respondeu se pretende ou não abrir um processo contra os culpados. Pelo Facebook, Negra Li apenas comemorou a retomada da página. 

Outros casos

Em julho do ano passado, a apresentadora da TV Globo Maria Júlia Coutinho foi vítima de comentários ofensivos e preconceituosos no Facebook, após a inclusão de uma foto dela na página oficial do Jornal Nacional. O Ministério Público de São Paulo chegou a denunciar quatro investigados pelo crime de racismo

Em novembro, a atriz Taís Araújo sofreu uma série de insultos racistas em sua página no Facebook. A atriz foi vítima de ofensas de vários perfis falsos da rede social, que a xingavam e faziam piadas sobre a cor de sua pele. O caso foi investigado pela Polícia Civil do Rio, que pediu a quebra de sigilo de cerca de 30 contas na rede social. Quatro suspeitos foram presos e um menor apreendido.

As atrizes Sheron Menezzes e Cris Viana também já sofreram ataques racistas pela internet. Os casos das globais também são investigados. 

O caso mais recente foi o da cantora Ludmilla, que foi insultada pelo Instagram. O Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro denunciou o suposto autor do crime, que pode ser condenado a até três anos de prisão, além de pagamento de multa.