Lei do esquecimento: Google exclui links de sexo em trem e pênalti polêmico
A publicação britânica “Daily Mail” indicou algumas de suas reportagens que deixaram de aparecer nas buscas do Google – entre elas, a de um casal pego fazendo sexo dentro de um trem lotado. A medida, que passou a valer na semana passada, exclui na Europa os resultados com informações pessoais prejudiciais ou que não sejam mais pertinentes.
Trata-se de uma decisão imposta pelo TJUE (Tribunal de Justiça da União Europeia), que reconhece aos cidadãos o direito de serem “esquecidos” no ambiente virtual. Esse tipo de remoção só vale na Europa e precisa ser solicitada junto ao Google – 50 mil pedidos já teriam sido feitos.
O conteúdo removido das buscas continua disponível nos sites de notícia como o “MailOnline” (da publicação britânica “Daily Mail”). Segundo essa página, o próprio Google informa ao autor do conteúdo quais links deixarão de ser exibidos no resultado das pesquisas.
O primeiro texto (de 2009) refere-se a uma reportagem sobre os funcionários da rede de supermercados Tesco. O texto dizia que esses colaboradores expunham na internet comentários constrangedores sobre os clientes.
A segunda reportagem excluída (de 2010) é sobre o juiz de futebol Dougie McDonald, que mentiu ao explicar a marcação de um pênalti.
A terceira (2011) envolve um caso de racismo: o funcionário muçulmano de um aeroporto afirmou que a companhia aérea Cathay Pacific só quis entrevistá-lo quando ele apresentou o currículo com um falso nome que soava britânico (com o mesmo currículo e nome Salim Zakhrouf, ele não foi chamado para a seleção).
Outra história, que não teve o link divulgado pelo “MailOnline”, falava sobre um casal pego no flagra enquanto fazia sexo em um trem lotado da companhia Virgin. Uma reportagem de 2008 - que pode estar na mira do Google - traz o nome completo do homem e diz que o casal foi preso ao desembarcar na estação de Euston.
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