Chromebook Samsung tem sistema dependente da internet; veja teste
A ideia do Chromebook, a princípio, agrada. Trata-se de um notebook com sistema operacional Chrome OS, dependente quase que 100% do navegador para realizar suas funções. Ele permite trabalhar com programas de escritório (editor de textos, planilhas, apresentações, visualizador de arquivos), acessar e-mails e assistir a filmes diretamente do browser (no caso, o Google Chrome).
Essa proposta mostra-se vantajosa para usuários que tenham conexão o tempo todo e não querem nada além da internet – melhor ainda se forem adeptos aos serviços do Google. Mas, pelo preço do computador no Brasil (o modelo da Samsung custa R$ 1.100, mais que o dobro do valor nos EUA), é possível encontrar notebooks com configurações semelhantes, ou até levemente mais espertos, que realizem mais funções.
Quase que todo o conteúdo com o qual o Chromebook trabalha fica alocado na nuvem, sendo acessado somente via internet. É possível baixar conteúdo (por meio da Chrome Store) ou mesmo transferi-los via USB. Mesmo assim, não é compatível com muitos formatos de arquivos e uma batelada de softwares populares no Windows (navegadores, pacotes de escritório, clientes de e-mail, software gráficos).
Testamos o modelo da Samsung, que se mostrou muito rápido e ágil para responder a comandos. Sua inicialização é imediata (nem dez segundos para ligar): basta levantar a tela, e a máquina instantaneamente está pronta para funcionar.
Seu conjunto de teclado e touchpad é extremamente agradável de operar. As teclas são espaçadas e são macias. Já a superfície para comandos que substitui o mouse tem a resistência perfeita para realizar ações sem pestanejar.
Para usuários dos serviços do Google, o Chromebook pode ser uma mão na roda (assim como acontece com a plataforma Android). Basta login, senha e tudo aparece com um ou dois cliques. Arquivos no Drive, preferências no YouTube, lembretes na agenda, atalhos no Mapas, anotações no Keep, fotos no Google + são revelados tão rápido quanto a conexão com a internet permite.
Ressalvas
Seria uma máquina com um custo/benefício bastante atraente caso o preço do mercado norte-americano (US$ 199,99, cerca de R$ 440) vigorasse no Brasil. E, como depende mais da internet do que até mesmo smartphones e tablets do mercado, trata-se de uma aquisição para público específico (aquele que tem conexão com a internet disponível o tempo todo).
Além de ser praticamente impossível instalar programas no Chromebook, realizar no OS algumas atividades triviais no Windows pode ser um suplício. Renomear arquivos ou assistir a filmes com legendas separadas, por exemplo, são tarefas árduas. Até mesmo o gerenciamento de arquivos - como trocar de pastas ou ver propriedades de determinado documento - é algo que dá mais dor de cabeça do que facilita a vida do usuário.
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