Com chip de celular, relógio de pulso tem inteligência própria
Em uma feira de tecnologia que jogou os holofotes sobre a categoria de relógios inteligentes, apenas o modelo da empresa alemã Pearl passaria de ano. Isso porque, ao contrário dos concorrentes, ele funciona com um chip de celular embutido. Assim, permite ao usuário fazer e receber ligações, além de navegar como faria em qualquer outro smartphone Android (sua versão é Jelly Bean 4.2.2).
O modelo da Pearl já está disponível no mercado europeu por 200 euros (cerca de R$ 606), o mesmo preço da alternativa da Sony e mais barato que o modelo da Samsung – ambos bastante limitados. Em comum, todos apresentam o visual grande chamado antigamente de “cebolão”, apreciado pelos apresentadores Fausto Silva e Adriane Galisteu.
O relógio Wi-Fi quadrado, com pulseira de borracha e tela sensível de 1,5 polegada, permite armazenar 32 GB, segundo o fabricante. Ele conta ainda com microfone e alto-falante, para ligações, e tem uma câmera de 3 megapixels (mais potente que a dos modelos já mencionados). Seu processador é dual-core (dois núcleos) e ele vem com uma caneta, para facilitar os comandos.
Nos testes do UOL Tecnologia, o gadget se mostrou fácil de usar e apresentou respostas relativamente rápidas ao toque na tela. Não foi possível avaliar seu peso (não divulgado pela companhia), porque o modelo estava preso - com um sistema de segurança - ao pulso de um boneco.
A facilidade de uso depende do conteúdo acessado pelo usuário. Digitar um número de telefone foi fácil (as teclas virtuais são grandes), mas escrever uma mensagem se mostrou tarefa praticamente impossível – ela seria viabilizada pelo uso da caneta, que não estava disponível na demonstração. Ou seja: o gadget é muito mais independente que os seus concorrentes, mas ainda precisa de uma “muleta” para realizar atividades comuns nos smartphones.
*A jornalista viajou a convite da Philips
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