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Comitê de segurança dos EUA diz que coleta de dados frustrou ataques terroristas

 Foto de arquivo mostra Mike Rogers, presidente do comitê de segurança dos Estados Unidos, no Capitólio, em Washington  - J.Scott Applewhite/AP
Foto de arquivo mostra Mike Rogers, presidente do comitê de segurança dos Estados Unidos, no Capitólio, em Washington Imagem: J.Scott Applewhite/AP

Do UOL, em São Paulo

06/06/2013 14h49Atualizada em 06/06/2013 20h28

O senador republicano Mike Rogers, presidente do comitê de segurança dos Estados Unidos, disse nesta quinta-feira (6) que as coletas de dados solicitadas pela NSA (Agência Nacional de Segurança) ajudaram a frustrar várias tentativas de ataques terroristas ao país. Uma matéria do jornal britânico "The Guardian" publicada nesta quarta mostra que o Governo tem  autorização para monitorar chamadas de milhares de usuários celulares da operadora Verizon.

Rogers defendeu a medida de coleta de dados de cidadãos americanos durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta no Capitólio. Ele ainda mencionou que os dados de monitoramento ajudaram o país a interromper um “caso significativo” de tentativa de ataque.

O político se recusou a dar detalhes, mas disse que estava em contato com as autoridades para poder revelar mais informações sobre o caso. Por fim, Mike Rogers disse que o pedido de monitoramento de usuários é constitucional e só ocorreu após a aprovação da Justiça do país.

Coleta de dados

Nesta quarta-feira (6), o jornal britânico “The Guardian” publicou detalhes de uma decisão da Justiça americana que autoriza o Governo a ter acesso a várias informações de chamadas feitas por clientes da operadora Verizon.

A decisão para coleta de dados foi dada pela Fisa, uma lei americana de vigilância de inteligência estrangeira, no dia 25 de abril. Ela dá ao governo autoridade ilimitada para obter dados por três meses de usuários da operadora Verizon. O prazo está marcado para acabar em 19 de julho.

Após toda a repercussão, a Casa Branca assumiu que faz práticas deste tipo e argumentou que é "uma ferramenta crítica na proteção da nação de ameaças terroristas".

De acordo com a publicação britânica, o documento mostra que, pela primeira vez durante a administração do presidente Barack Obama, dados de milhares de americanos estão sendo coletados indiscriminadamente, independente de as pessoas serem suspeitas de algum crime. Sob a administração Bush foram descobertos vários sistemas de monitoramento  pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. No entanto, não era conhecido que a prática continuava com a administração atual.

(Com "AP" e "The Guardian")