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OPINIÃO

Test Drive espacial: pilotando as naves de Star Wars em realidade virtual

Star Wars: Squadrons coloca o jogador em diversas naves da franquia, desde X-Wings até caças TIE  - Divulgação/EA
Star Wars: Squadrons coloca o jogador em diversas naves da franquia, desde X-Wings até caças TIE Imagem: Divulgação/EA

Makson Lima

Colaboração para o START

02/11/2020 04h00

Assim como Iron Man VR realizou o sonho de infância de tantas pessoas de vestir a armadura mais famosa dos quadrinhos e dos cinemas, Star Wars: Squadrons leva a mesma sensação para oito cockpits de espaçonaves do universo Star Wars, tanto para o lado da Nova República quanto para o Império.

Por mais que seja difícil entender através de imagens ou até mesmo, vídeos, o que é estar na realidade virtual, Squadrons consegue o grande feito de recriar, e com imensa atenção aos detalhes, o futuro do passado dentro da tecnologia das TIEs e das Wings. Sendo assim, START faz um tour pelos hangares de ambos os lados dessa eterna luta espacial, explorando cada uma das espaçonaves.

HANGAR DA NOVA REPÚBLICA

- X-WING T-65B (caça)

É uma sensação tão estranha quanto mágica sentar no cockpit da nave da linha de frente da República. Quero dizer, Luke Skywalker pilotou um modelo desses. A visibilidade é absurda e a vontade é a de apertar todos os botões e acionar todas as alavancas do painel. Parece até confortável, pois não é assim tão apertado quanto aparentou nas tantas outras vezes que pude pilotar uma X-Wing: a primeira delas talvez tenha sido em Rogue Squadron, lá no Nintendo 64? De qualquer forma, o Makson do passado manda lembranças ao do futuro: só faltou mesmo o capacete e traje laranja.

- Y-WING BTL-A4 (bombardeiro)

Pilotar uma Y-Wing é encarar o perigo de frente, e sem muita mobilidade, pois é esse o bombardeiro indispensável contra fragatas e destróieres imperiais. Talvez por isso o cockpit seja tão apertado e desconfortável. O formato de losango da cabine, seus dutos, tubos e aparelhagem bem aparentes não correspondem à aparente imponência para quem vê o modelo de fora. Caso pudesse escolher, preferiria não pilotar uma Y-Wing tão cedo.

- A-WING RZ-1 (interceptador)

Apesar da boa visibilidade e da (falsa) sensação de conforto, pilotar uma A-Wing é, essencialmente, estar numa lata de sardinhas. É a menor de todas as naves da República e, por isso mesmo, a mais rápida e com melhor manobrabilidade —logo, seu escudo e casco são uma preocupação, exigindo movimento constante. Pois é aí que o labirinto apita. Quem sofre com cinetose muitíssimo provavelmente passa longe de realidade virtual, e encarar uma A-Wing em acirradas partidas multiplayer pode disparar gatilhos até então desconhecidos. Sugiro precaução. Eis aqui uma nave para pilotos (e estômagos) experientes.

- U-WING (canhoneiro)

Pilotar uma U-Wing, com sua cabine dupla, é o mais próximo do "siga bem, caminhoneiro" que Star Wars já me proporcionou. Sua função é suporte e sua linha é a retaguarda, com casco e escudo reforçados, ou seja, dá para curtir a paisagem de estrelas, nebulosas e cinturões de asteroides até a próxima missão. Infelizmente, pilotagem cooperativa não é uma opção a bordo da U-Wing em Squadrons, o que atiçou minha curiosidade sobre tais capacidades: há recursos específicos para cada um dos lados? Como Han Solo e Chewie lidariam como uma U-Wing?

HANGAR DO IMPÉRIO

- CAÇA TIE/LN

Solidão e vulnerabilidade são as sensações que senti ao adentrar um Caça TIE pela primeira vez. O excesso de espaço e a total ausência de escudo de energia são uma tortura psicológica, convivendo com o piloto desde a decolagem. Conviver com o perigo sempre tão próximo faz de você um piloto melhor? Posso dizer por mim: definitivamente, não. O fato de não haver visão lateral também contribui com o total foco no objetivo. Dispersar não é uma possibilidade. Diria servir de total antítese aos sentimentos evocados ao adentrar o cockpit de uma X-Wing.

- BOMBARDEIRO TIE/SA

O engenheiro das TIEs merece congratulações pela consistência: existe uma frieza velada no interior de cada um dos modelos. Cada qual à sua maneira, mas, ao mesmo tempo, o déjà vu bate. E um tiquinho de depressão e ansiedade, mais ainda ao pilotar um bombardeiro, sabendo que sua missão é, oras, a de bombardear naves maiores. Assimilação, infiltração e execução. Precisão. E nem mesmo os bombardeiros tem à disposição um escudo de energia. Sadismo? Lidamos.

- INTERCEPTADOR TIE/IN

São quatro canhões laser à disposição a bordo dessa TIE. A aparência agressiva do Interceptador corresponde a suas capacidades: manobrabilidade e velocidade altíssimas, e alto poder de fogo. Logo, é a mais desafiadora para as capacidades fisiológicas do piloto da vida real, por trás do VR. Enquanto os Caças são a bucha de canhão do Império, esse modelo serve para fatiar, passar e limpar a área. Muito ironicamente, foi a menos opressora de pilotar, apesar de manter o mesmo espaço ocioso de todas as outras TIE. E, ao contrário do que sempre imaginei, os canhões, pontudos e salientes, mal atrapalham a visão do cockpit.

- CEIFADOR TIE/RP

Apesar do nome amedrontador, esse modelo é de suporte. O verdadeiro ceifador dos campos de batalha intergalácticos do império é, na verdade, o Interceptador. É o modelo mais diferente quando se olha de fora, porém, no interior, o mesmo marasmo e solidão de toda linha TIE. Talvez por conta de haver suporte a escudo de energia, enfim? O Ceifador é comprido e pode perfeitamente ser utilizado para transporte, pois sua mobilidade é bem mais alta do que aparenta.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informava a versão original do texto, Darth Vader não pilotou um Bombardeiro TIE/SA. A informação já foi corrigida.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL