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The House of the Dead: Overkill

13/02/2009 15h43

Desde a revelação do Wii Remote, lá na já distante Tokyo Game Show de 2005, ficou claro que o Wii é um videogame perfeito para jogos de tiro ao estilo pistola de luz, gênero imortalizado por clássicos como "Virtua Cop", "Time Crisis" e a série "The House of the Dead".

A própria Nintendo apóia a idéia, com o acessório WiiZapper e o game "Link's Crossbow Training", outras empresas já se aventuraram no gênero, como a Capcom com "Resident Evil: Umbrella Chronicles", e notavelmente a Sega, com "Ghost Squad" e a compilação "The House of the Dead 2 & 3 Return".

Agora a empresa ataca novamente com este ousado "The House of the Dead: Overkill", game exclusivo para Wii que busca inspiração, melhor dizendo, se esbalda no culto a filmes de terror trash, os chamados filmes B.

Controles simples

Trailer de Lançamento
Em essência, Overkill é o mesmo bom e velho "The House of the Dead" com o qual estamos acostumados. Aqui são sete fases, cada uma em um cenário diverso, e o objetivo é detonar dezenas de zumbis famintos que aparecem pela frente. Aponte o Wii Remote para a tela, atire com o B e recarregue apertando o botão A ou simplesmente chacoalhando o controle. Simples assim.

Conforme se avança aparecem pelo caminho reféns para salvar e itens os quais se consegue atirando neles, a exemplo de energia, objetos colecionáveis (que liberam conteúdo extra) e um novo artefato que deixa tudo em câmera lenta durante um breve período. Tudo como manda a tradição dos fliperamas com pistola de luz.

Novidades existem, todavia sutis e pouco influentes durante os tiroteios. O jogo possui um contador de combos, que aumenta conforme se acerta tiros em seguida nos zumbis, sem errar. A adição mais significante é a possibilidade de mover a visão da tela. Permanece o movimento pré-determinado - sobre trilhos, como se costuma dizer - mas durante o percurso pode-se olhar ao redor movendo a mira, ampliando assim o campo de ação.

Como é de se esperar, existe modo cooperativo para duas pessoas simultaneamente. Além disso, há também uma curiosa opção secreta em que dois jogadores controlam apenas um personagem, minigames ligeiros para até quatro pessoas e conteúdo extra para visualizar, tal qual artes conceituais, vídeos e outras atrações.

Podridão hardcore

Zumbis estão de volta
O diferencial fica por conta da roupagem. A inspiração são os filmes de terror dos mais podres e isso implica em uma história repleta de violência exagerada, diálogos canastrões recheados de palavrões, personagens estereotipizados e outras características notórias de longa-metragens deste tipo. Até preconceito e mal trato a deficientes físicos aparece aqui, tudo em tom de humor, mas que ainda pode incomodar.

Até aí, pode-se dizer que é uma questão de estilo, muito como acontece em "No More Heroes", no qual por opção do diretor Suda 51 a violência é exacerbada e as conversas cheias de clichês. Porém, tal opção acaba por mascarar uma falta de capricho verdadeira em certos aspectos. O visual é dos mais simplórios vistos no Wii, apresentando modelos tridimensionais apenas medianos, sem muitos detalhes, e com animações medíocres. Complementado, as texturas são de pouca diversidade e menos ainda definição, deixando aquele chato aspecto de borrado.

O único ponto aqui digno de certa consideração é o filtro gráfico aplicado, que simula um filme antigo. Nada mais.

Nota: 7 (Bom)